O desmatamento na Amazônia atingiu seus menores níveis desde 1988. De acordo com os números estimados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados no último dia 05, foi registrada a mais baixa taxa já divulgada pelo Prodes, sistema que monitora anualmente o desflorestamento em áreas de até 6,25 hectares.
A queda, de agosto de 2010 a julho de 2011, é de 11%. A área desmatada foi estimada em aproximadamente 6,2 mil Km2, inferior aos 7 mil Km2 registrado no mesmo período entre 2009-2010. A margem de erro é de 10% e os números finais saem em meados de 2012.
Os novos números revelam que o Brasil está cumprindo as metas de redução do desmatamento assumidas na Conferência do Clima, em Copenhagen, em 2009. Até 2020, a redução do desmatamento deve ser de 80% em relação à média entre os anos de 1996 a 2005, de acordo com a Política Nacional sobre Mudanças Climáticas, aprovada pelo Congresso e regulamentada pelo Executivo.
Em abril passado, quando o desmatamento começou a apresentar sinais de aumento, especialmente no Mato Grosso, foi instalado um gabinete de crise. Somente para esse estado, o Ibama enviou 500 fiscais. Operações conjuntas com a Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança e o Exército estancaram o crescimento. “Essa conquista representa uma vitória forte e mostra que fomos capazes de responder prontamente ao aumento do desmatamento ilegal na região amazônica no início de 2011”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em coletiva à imprensa no Palácio do Planalto.
A estimativa apresentada baseou-se na análise de 96 imagens, que cobrem 90% de todo o desmatamento na região. E deverá ser complementada pela análise de mais 117 imagens restantes, necessárias para cobrir a área de floresta na Amazônia Legal.
O Governo planeja novos avanços na estratégia de redução do desmatamento com a revisão, no primeiro semestre de 2012, do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal.