O Patrono Universal da Igreja

No dia 19 de março, foi comemorado o Dia de São José, proclamado pelo Papa Pio XI, em 8 de dezembro de 1870, o Patrono Universal da Igreja. Em 1956, o Papa Pio XII (1939-1958) instituiu a festa de São José Operário, a ser celebrada em rito duplo de primeira classe no dia 1º de maio, Dia Universal do Trabalho.

São Mateus afirma em seu Evangelho que São José “era um homem justo” (Mt 1,19). Isto, na linguagem bíblica, significa um homem repleto de todas as virtudes, de santidade completa, perfeito. Jesus quis ter um pai na terra: O anjo do Senhor, aparecendo-lhe em sonho, disse-lhe: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo” (Mt. 1,20).

Coube a São José a grande honra de dar o nome ao Filho de Deus humanado. O Anjo lhe disse: “Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta” (Mt 1, 21-22).

Se São José foi escolhido para esposo de Maria, a mais santa de todas as mulheres, é porque ele era o mais santo de todos os homens. Se houvesse alguém mais santo que José, certamente teria sido escolhido por Jesus para esposo de Sua Mãe, Maria. Nós não pudemos escolher nosso pai e nossa mãe, mas Jesus pôde. Então, escolheu os melhores que existiam.

No Evangelho, consta que São José era carpinteiro: “Não é este o filho do carpinteiro?” (Mt 13, 55). Mas a expressão é mais genérica, pois diz “filius fabri”, quer dizer, filho de artesão. A vocação de São José foi a de representante do Pai Eterno junto a seu Filho Unigênito na terra. Por isso, os autores místicos o chamam de “Sombra do Pai Celeste”, um privilégio especial só a ele concedido. Isto nos faz lembrar da palavra que diz: “Eu sou o Senhor, esse é meu nome, a ninguém cederei minha glória, nem a ídolos minha honra” (Is 42,8).

Eis o que diz a respeito São Bernardo, doutor a Igreja: “Lembra-te do grande Patriarca vendido para o Egito e saiba que ele não só lhe herdou o nome, mas imitou-lhe também a castidade, mereceu-lhe a inocência e a graça. E se aquele José, vendido por inveja dos irmãos e conduzido ao Egito, prefigurou a venda de Cristo, o nosso José, fugindo da inveja de Herodes, levou Cristo para o Egito”.

Já o Papa João Paulo II afirmou: “Precisamente em vista da sua contribuição para o mistério da Encarnação do Verbo, José e Maria receberam a graça de viverem juntos o carisma da virgindade e o dom do matrimônio. A comunhão de amor virginal de Maria e José, embora constitua um caso muito especial, ligado à realização concreta do mistério da Encarnação, foi todavia um verdadeiro matrimônio” (cf Exort. Apost. Redemptoris custos, 7).

Esse amor puro e incondicional à família é o que São José vem nos ensinar.

Prof. Felipe Aquino é professor de física, autor de mais de 60 livros;

apresenta dois programas semanais na

TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Trocando Ideias”

 

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