Atenção! Não descarte lâmpadas fluorescente em lixo doméstico

Por Izabel Ferré

Tomar algumas atitudes a favor do meio ambiente, como participar da coleta seletiva e usar a sacola retornável, mostra a preocupação de algumas pessoas em ter uma qualidade de vida melhor. Pensando nisso, nossa redação buscou informações sobre a forma correta de descarte de lâmpadas comuns e florescentes, já que é uma dúvida comum a muitos moradores da região.

Elementos químicos das lâmpadas prejudicam a natureza

Existe diferença entre as duas, as lâmpadas incandescentes convencionais são produzidas com vidro e metal. Elas não contêm materiais prejudiciais ao meio ambiente, podem ser jogadas no lixo de casa. Não devem ser jogadas em pontos de coleta para reciclagem de vidros, pois o tipo de material usado na produção de lâmpadas é diferente dos vidros convencionais.

Diferente não só na praticidade, durabilidade e economia, a lâmpada fluorescente deve ter cuidados especiais na hora do descarte, pois no interior dela existe um componente químico muito perigoso à saúde: o mercúrio, um metal pesado e tóxico. Devido a ele, o descarte se torna muito complicado, os riscos vêm de sua composição, já que o mercúrio é acompanhado do chumbo.

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o valor máximo de mercúrio que pode estar concentrado em uma unidade é de 100 miligramas de mercúrio por quilo do resíduo. O contato com a substância em níveis mais altos pode gerar sérios problemas de saúde.

Como fator principal de risco, a possível inalação em excesso da substância de mercúrio pode causar problemas neurológicos e até hidragirismo (intoxicação que causa tosse, dispneia, dores no peito e outros problemas mais graves). De acordo com as informações passadas pela Prefeitura de Ribeirão Pires, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010), os diversos tipos de lâmpadas devem fazer parte do sistema de logística reversa. O artigo 33 da referida lei estabelece que ‘são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, entre outros produtos”.

Isso significa que os próprios fabricantes e vendedores serão responsáveis pela recuperação dos resíduos após o consumo, dando continuidade ao seu ciclo de vida como matéria prima para a fabricação de novos produtos.
O procedimento para o descarte correto e consciente vem dos locais especializados, esses são responsáveis por retirar o mercúrio das lâmpadas fluorescentes, assim elimina-se a possibilidade de contaminações ambienteis e intoxicações.

Respostas – O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Ribeirão Pires prevê a implantação da logística reversa no município, que serão colocadas em prática a partir do ano que vem. A Prefeitura orienta o munícipe que tiver uma grande quantidade/volume de lâmpadas para ser descartado a entrar em contato com o fabricante e solicitar informações sobre o descarte correto do material. Algumas lojas na cidade já recebem as lâmpadas queimadas no caso da compra de novas. No caso de descarte de poucas unidades, o munícipe deve entrar em contato com a SEPHAMA pelo telefone 4828-9100.

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