Desde ontem, estão liberadas por lei as convenções eleitorais, os eventos que irão oficializar os nomes dos candidatos a prefeito e vereador das cidades brasileiras. Na semana passada, citamos aqui neste espaço os nomes de 12 pré-candidatos a prefeito da cidade, número esse que, obviamente, deve cair.
É justo, democrático e interessante ver que, mesmo em um momento de descrença na política, temos tamanho número de pessoas interessadas em fazer parte do jogo político. Mais ainda, de ver que, embora estejamos vendo que a luz no fim do túnel está distante (e que se trocou o governo, mas não os métodos) há quem esteja disposto a promover uma mudança real no cenário.
A verdadeira mudança na política começa nos nossos quintais, nas nossas cidades que, verdade seja dita, é o que influencia no nosso dia a dia, seja pela conservação de nossas ruas, ampliações no viário, melhorias no transporte, paisagismo e urbanismo, com Saúde, Segurança e Educação de qualidade. Para isso, precisamos eleger pessoas capacitadas e com um olhar diferenciado que possam de fato ter a coragem de enfrentar o status quo e promover mudanças reais.
Muito se fala em privatizar, usando a retórica de que o privado é sempre melhor do que o público, o que não é exatamente uma verdade. Podemos até mesmo pegar o tão criticado Sistema Único de Saúde, o SUS, como exemplo. Há muitos procedimentos em que a referência, o melhor atendimento, é feito pela rede pública. Então, porque não profissionalizar a gestão, torná-la tão eficaz quanto a privada? Porque não trazer gestores especializados para tocar o Estado como uma empresa?
Para isso, claro, é preciso romper com certos ranços, com os métodos do passado que ninguém mais suporta. Por isso, agora, a apenas 70 dias para a eleição, é necessário que o eleitor, no caso você, cidadão, faça sua parte. Acompanhe o processo, apresente ideias, converse com os candidatos e faça sua escolha baseado em projetos que efetivamente possam melhorar sua cidade, com pés no chão e responsabilidade.
Mais do que isso, procure saber da vida de seus candidatos, quem são, o que fazem, quais as suas profissões. Afinal de contas, o processo eleitoral que, grosso modo, se assemelha a uma seleção de emprego, é a fase mais importante que cada cidade vive a cada quatro anos.
Por isso, pense bem e leve o processo a sério. Não anule seu voto. Fazendo isso, você estará anulando um futuro melhor para você e seus entes queridos.
