Ao ser convocado pelo TCE para sustentar defesa oral ante o colegiado, o ex-prefeito Clóvis Volpi (PTB) reconheceu a maioria dos erros apontados pela equipe técnica de auditores. No entanto, responsabilizou a OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que geria a Saúde Municipal em 2011 como pivô das más escolhas realizadas pelo mandatário.
“Não contesto as análises feitas. Tento demover não a parte técnica do fato, mas apelo para a parte humanitária. O meu déficit e meus erros aqui apontados se deram por falta de arrecadação suficiente e os fatos gerados pelas empresas que na época faziam a gestão da saúde”, defendeu Volpi.
Em síntese Clóvis justificou que em 2012 precisou adequar o quadro profissional da Prefeitura após encerrar o contrato com uma entidade que realizava a gestão das casas terapêuticas e da Maternidade São Lucas. Isso, segundo ele, seria razão para realização de concurso público em período eleitoral, aumento da folha de pagamento e destinação de recursos outrora reservado para honrar compromissos precatórios e acordos previdenciários para investimento humano na área da Saúde.
A desculpa não foi aceita pelo TCE. Segundo o conselheiro substituto José Romero, “apesar dos esforços envidados pelo interessado em sua peça defensória, como também em sustentação oral (…), não se pode desconhecer que, em razão dessa opção, outras questões restaram prejudicadas”. Como havia jurisprudência do Tribunal, as contas foram rejeitadas.