Apesar de sua popularidade crescente, alguns assuntos ainda são verdadeiros mistérios para os tutores de pets exóticos. A visão dos répteis, por exemplo, é um tema que desperta muita curiosidade.
Afinal, como eles veem o mundo? Se você é um entusiasta desses bichinhos de sangue-frio ou um curioso de plantão, chegou a hora de descobrir!
Como funciona a visão dos répteis
Primeiramente, é importante entender que quando falamos da visão de répteis, nos referindo a diferentes espécies. Imaginar como outros animais enxergam é muito difícil, os humanos, por exemplo, enxergam as coisas através da visão.
Porém, isso nem sempre acontece no mundo animal. As imagens que nós observamos são formadas, basicamente, por dois tipos de células: os bastonetes reconhecem a luminosidade e os cones, as cores.
Esses dois estímulos combinados formam uma imagem no cérebro e, assim, enxergamos o mundo. Porém, cachorros, por exemplo, são pouco visuais.
Para eles, entender as coisas é uma combinação de visão, audição, e principalmente olfato. O mesmo acontece com algumas espécies de répteis, conforme explicamos a seguir.
Cobras
A visão das cobras é uma das mais interessantes entre os répteis. Como são grandes predadores, esses animais desenvolveram uma excelente visão noturna.
Durante o dia, elas utilizam seus olhos, que funcionam de maneira muito similar a nossa: com os cones e bastonetes. Mas, diferente dos humanos, as cobras, só enxergam em tons de verde e azul.
Contudo, não pense que as cobras enxergam mal, pelo contrário. Este esperto animal deu um jeito de compensar sua limitação. Se você já observou uma cobra por alguns minutos, conseguiu vê-la colocando a língua para fora, não é mesmo? Este ato serve para captar moléculas do ar, que são analisadas por um órgão chamado vomeronasal. Assim, elas podem dizer se há uma presa ou um predador por perto.
E se você acha essas curiosidades sobre os répteis impressionantes, imagine que algumas espécies podem enxergar através do calor!
O processo evolutivo de espécies como cascavel ou a jararaca fez com que as cobras tenham uma espécie de super-visão. Com isso, podem sentir ondas de calor e entender onde estão suas presas. Assim, algumas cobras podem enxergar no escuro!
Lagartos
Outro réptil muito querido, o lagarto também possui uma visão incrível. Diferente das cobras, ele se orienta pelas imagens. Por isso, seus olhos são grandes e bem estruturados. Assim, conseguem ver de longe o predador e planejar a sua fuga!
Porém, o fato curioso sobre a visão dos lagartos é que eles enxergam mais cores que os humanos. No nosso caso, temos três tipos de cones, células dedicadas as cores. Com eles, podemos identificar o vermelho, o verde e o azul, cores primárias que formam todas as outras.
Já alguns lagartos possuem um quarto tipo de cone, dedicado às cores ultravioletas. É difícil imaginar como seria uma visão ultravioleta. Mas, segundo estudiosos, lagartos enxergam um mundo muito mais colorido e interessante que o nosso.
Outra curiosidade sobre a visão dos lagartos é seu “terceiro olho”, chamado olho parietal. Esta estrutura, muito parecida com um olho comum, também aparece em outros animais.
Se você reparar bem é fácil de identificar: uma mancha circular na parte de cima da cabeça, bem no meio. Este órgão é utilizado para auxiliar os animais a identificar a luz e, assim, se orientar melhor e buscar uma boa fonte de calor.
Tartarugas
Simpáticas e divertidas, as tartarugas são adoráveis! Como muitas vivem na água e na terra, elas possuem uma ótima visão, adaptada para os dois ambientes. Esses animais enxergam com boa nitidez e podem identificar cores.
Porém, seu ângulo de observação é estreito, e elas possuem pouca visão periférica.
Uma curiosidade sobre as tartarugas é sua capacidade de enxergar diversos tons de vermelho. De acordo com um estudo da Universidade de Cambridge, estes répteis possuem um gene especial só para enxergar esta cor!
Herança dos dinossauros, o chamado “gene vermelho” permite que as tartarugas enxerguem tons de vermelho que não existem para nós. É difícil entender como esta característica ajuda as tartarugas. A suspeita é que, no passado, auxiliou a espécie a se alimentar e a fugir de predadores.