Pacientes da unidade “Álcool e Drogas” foram orientados e participaram de dinâmicas
Na manhã desta sexta-feira, 26 de novembro, o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Álcool e Drogas de Ribeirão Pires promoveu uma atividade interativa para abordar a violência contra a mulher. Os pacientes participaram de dinâmicas interativas, debateram o tema e foram orientados pela equipe técnica da Unidade de Saúde.
Segundo a psicóloga Patrícia Conde, o ciclo de violência, que normalmente vem de antepassados, deve ser quebrado. “É um ciclo vicioso que normalmente foi passado de geração para geração. O pai fazia com a mãe e passou para o filho, que faz com a mulher. Isso deve ser interrompido”, comentou, antes de orientar que “a mulher deve se impor, denunciar os casos, seja qualquer tipo de violência: Física, psicológica, verbal. A denúncia deve ser feita e preferencialmente na delegacia da mulher, que é o local adequado para esses casos e os profissionais estão preparados para atendê-las”, afirmou a psicóloga.
Durante o debate, também foram realizadas dinâmicas, uma delas, expunha frases comumente ditas por homens: “Mulher no volante é perigo constante”; “você não tem mais idade para vestir esse tipo de roupa”; “mulher tem que ficar na cozinha”; “você tem que se dar o respeito”, e perguntado se as mulheres presentes já ouviram frases assim. As respostas eram unânimes: “Sim”. Posteriormente, foi perguntado como elas se sentiam: “humilhada, diminuída, com raiva”, foram algumas das colocações ditas pelas pacientes. E assim, mostrado aos homens o quão mal fazia aquele tipo de explanação.
A Prefeitura de Ribeirão Pires tem realizado ações para coibir e diminuir os casos de violência contra a mulher. A cidade disponibiliza, através da Coordenadoria da Mulher, uma equipe técnica para o apoio psicológico e assistência social às mulheres em situação de violência. Outra ação é a Patrulha da Maria da Penha, em que agentes da GCM atendem casos com a temática.
Ainda assim, a Prefeitura orienta que, em casos de violência, a pessoa denuncie os atos através do telefone: 180 (Central de Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) ou 4825-2318 (Guarda Civil Municipal de Ribeirão Pires).
Uma das dinâmicas perguntava se as mulheres já ouviram frases comumente ditas por homens
Pacientes debateram tema sobre a violência contra a mulher