A Câmara Municipal de Ribeirão Pires voltou às atividades ontem (2) e, em sessão que durou mais de duas horas, os vereadores Rubens Fernandes (Rubão – PSD) e Humberto D’orto (Amigão – PTC) utilizaram a Tribuna Livre para opinar sobre a possível doação da área da Fábrica de Sal – patrimônio cultural tombado em fevereiro deste ano pelo Condephaat-SP (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico e Turístico do Estado) – para o SESI (Serviço Social da Indústria), já que o projeto não estava na pasta e não entrou na Ordem do Dia.
Amigão se posicionou a favor da doação e considerou o assunto importante. “Não podemos deixar o prédio em estado de abandono. Há falta de segurança, uso de substâncias ilícitas e um jovem se suicidou ali. É um projeto bom, e para se tornar ótimo, a população precisa dar seu parecer. Deveríamos chamar audiência pública, com um representante do SESI e do Condephaat para apresentar o projeto, que não podemos deixar para depois para discutir”, disse. Por outro lado, o vereador questionou: “Se não aparecesse o SESI, o prédio ia ficar abandonado até quando?”.
O presidente da Casa, Rubão, concordou em realizar audiência pública, mas acredita que o projeto tem que ser melhor estudado, porque “quem vai dar a cara a tapa somos nós, vereadores”. “O SESI tem uma estrutura fantástica, mas não quero destruir uma creche e uma biblioteca para doar para uma instituição privada que tem dinheiro. Por que o SESI não instala seu projeto no pátio da Vila Gomes?”, questionou. Ao final de seu posicionamento, Rubão afirmou novamente que seu voto será popular. “Meu patrão é o povo. A gente tem que mostrar para a população que somos vereadores e estamos aqui pela população”.
Discussões da Ordem do Dia – Sete itens constavam na Ordem do Dia desta semana: um para rejeição e seis para aprovação. Para rejeição, foi votado Projeto de Lei de autoria do vereador Rogério Luiz (PSB), que dispunha sobre criação de espaço destinado ao embarque e desembarque próximo ao Terminal Rodoviário e à Estação de Trem. No total, 14 vereadores foram a favor da rejeição e três contra. Isso significa que o projeto foi vetado na Câmara e não seguirá para avaliação do Executivo.
Mesmo assim, Rogério disse que fará indicação ao Prefeito Kiko Teixeira, porque “essa necessidade existe e fui cobrado para isso, então (a área de embarque e desembarque) vai ser de grande valia para a cidade”.
Entre os projetos votados para aprovação que agora seguirão para o Executivo estão a instituição da Semana Municipal do Profissional de Táxi no calendário oficial da cidade, de autoria do vereador Humberto D’orto (Amigão – PTC); a obrigatoriedade de restaurantes, bares, lanchonetes, ambulantes e similares utilizarem e fornecerem canudos biodegradáveis ou reciclados, votada em segunda discussão, de autoria dos vereadores Amaury Dias (PV) e Rubão (PSD) e a instituição da Semana Municipal do Combate a Pedofilia no calendário oficial do Município, também de autoria de Amigão (PTC).
Alguns vereadores ainda solicitaram requerimentos ao Executivo Municipal, como João Lessa (PSDB), que pediu informações sobre a pavimentação das vias públicas do bairro Jardim Iramaia e Rogério Luiz (PSB) que requisitou informações a respeito da 12ª edição do Festival do Chocolate: Quais foram as empresas terceirizadas contratadas, quais os serviços prestados e respectivos valores, além do quanto foi pago pelas atrações. Rogério foi elogiado por Rubão, que subscreveu o requerimento e disse ser papel do vereador fiscalizar. “Está de parabéns”, opinou.