A sessão da Câmara desta quarta-feira (22) foi marcada por muitas discussões, dentre elas a um certo “despeito” com a imprensa, com alguns vereadores mostrando descontrole ao comentar o papel de alguns jornalistas no município.
Após a “Revolta do Feijão” na sessão da semana passada, alguns vereadores se exaltaram ao relatar o que classificaram como “falta de respeito” por parte de uma publicação e um profissional da imprensa em especial, ao publicar que alguns edis teriam “zombado” da manifestação contra feijões de má qualidade distribuídos na cesta básica do funcionalismo. “Exijo que o jornalista se retrate”, vociferou o vereador Flávio Gomes (PPS), em tom firme. Entretanto, o vereador Rubão (PMDB) foi além e afirmou que a matéria do jornal em questão “é mentira, é só puxar na gravação para ver”, referindo-se ao serviço de gravações das sessões.
Já o vereador Silvino Castro (PRB) foi mais além. Lembrando-se das eleições do ano que vem e talvez temendo um eventual rival do quarto poder que possa colocar um eventual novo mandato em risco, afirmou que “tem jornalista que quer ser vereador”. Adiante o vereador questionando o fato de que há uma publicação que estaria cobrando para veicular feitos positivos da Casa de Leis: “jornal que tem matéria paga não é jornal”.
Mas também houve quem reconhecesse que a imprensa tem um papel de suma importância na construção e desenvolvimento de uma sociedade democrática a ponto de escolher quem a representa politicamente em locais, como a própria Câmara dos Vereadores. Com a palavra, o vereador Jorge da Auto-escola: “sem a imprensa nós não somos nada”.