“Se até o líder de governo está criticando o prefeito, é porque a situação está feia mesmo”. Esta frase, dita por um dos vereadores da Câmara Municipal de Ribeirão Pires ilustra bem o tom da sessão da última segunda-feira (04), que foi marcada por críticas à gestão do prefeito.
A origem foi um requerimento de autoria do vereador Eduardo Nogueira (SDD) cobrando do prefeito uma posição a respeito do sistema de monitoramento por câmeras, promessa de campanha que deveria ter sido cumprida no ano passado. A leitura do documento foi o estopim para diversas críticas.
“Estamos na situação em que estamos e o prefeito distribui cartões postais da cidade?”, disse a vereadora Diva do Posto (PR) em relação a uma revista de prestação de contas da gestão distribuída há algum tempo na cidade. “Só posso chamar aquilo de propaganda enganosa. Estamos sendo feitos de bobos”, completou. Outros vereadores também elencaram uma série de problemas, como entulho, buracos, passeios públicos em mau estado de conservação e o mato. Renato Foresto (PT), por sua vez, lembrou que, no último final de semana, a UPA Santa Luzia esteve sem médicos tanto no sábado quanto no domingo: “o Prefeito precisa ter responsabilidade, senão pode se tornar um assassino em potencial por falta de gestão”, disse o vereador.
Também inconformado, coube ao líder de governo, Hercules Giarola (PMDB), fazer o que pode ser considerado o comentário do dia: “estamos falando de Big Brother o que nos remete ao paredão. Podemos dizer então que o prefeito Saulo e seus secretários estão indo para a eliminação”.
Supersecretário – A Prefeitura enviou, em regime de urgência, projeto que mudou a Defesa Civil de departamento. O órgão, anteriormente vinculado à Secretaria de Segurança Pública agora integra a Secretaria de Transporte e Trânsito. A justificativa é econômica e de Recursos Humanos. Como o antigo responsável da Defesa Civil, Miguel Luís, agora responde pelo Trânsito, a Administração optou por fazer uma reorganização administrativa para mantê-lo no comando. Desta forma, como ele acumulará os cargos e terá apenas um vencimento, haverá uma economia de cerca de R$ 10 mil mensais, segundo a Administração Municipal.