Após quase 10 anos de utilização do benefício conhecido como “Verba de Gabinete” (cerca de R$ 2.400 usados para despesas de escritório na Câmara Municipal), os vereadores de Ribeirão Pires aprovaram uma resolução que extingue o recurso. O presidente da Casa de Leis, vereador Gerson Constantino (PV), agradeceu a compreensão de todos os demais colegas que foram unânimes no apoio pelo fim da verba.
Constantino explicou que a medida veio após pressão por parte do TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), que vem reprovando as contas da Casa por conta do uso do benefício. “Entendemos que o TCE coloca presidentes das Câmaras em xeque por permitirem o uso da verba. Sou contra o não uso da verba que colabora com despesas de gabinete, aprovo a resolução contra minha vontade”, declarou o verde.
Para o parlamentar que instituiu o benefício, Edson Savietto, o Banha (PDT), que em 2002 presidia a Câmara, o recurso sempre foi bem administrado e não havia necessidade da extinção. “Quando eu era o presidente, criamos a verba. Nossas contas sempre foram aprovadas pelo TCE, nunca houve rejeição. De um tempo para cá é que o Tribunal vem condenando os presidentes que usam o benefício”, disse.
Os vereadores, mesmo aprovando por unanimidade, mostraram-se insatisfeitos com a medida. Agora, todo o gasto de gabinete deverá ser bancado pelo próprio parlamentar ou por meio do orçamento da Câmara Municipal, que não previa o corte.