A partir da próxima segunda-feira, o Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV). Usada na prevenção do câncer de colo do útero, a vacina será destinada a meninas de 11 a 13 anos. Apesar disso, a prevenção precisa ser feita durante toda a vida, já que o HPV é o principal fator de risco para esse tipo de câncer.
O câncer de colo do útero é o segundo que mais atinge as mulheres, atrás apenas do câncer de mama. Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos mais graves da doença.
O HPV é um vírus bastante comum e recorrente. Em alguns casos, pode provocar o aparecimento de verrugas indolores na pele, ou provocar alterações no colo do útero que podem levar ao câncer. “Justamente por não aparentar sintomas, o HPV acaba sendo perigoso, se não acompanhado.O ginecologista, nos exames de rotina, fará avaliação adequada”, explica o médico Marcelo Steiner, professor afiliado do setor de Ginecologia Endócrina, Planejamento Familiar e Climatério da Faculdade de Medicina do ABC.
O vírus pode ser transmitido de mãe pra filho durante o parto, porém a maioria das vezes é transmitido através de relações sexuais, pelo contato pele a pele, mucosa-mucosa ou pele-mucosa. Caso não tiver sintomas visíveis com verrugas pode ser descobertas através do exame ginecológico chamado papanicolau que deve ser realizado duas vezes ao ano.
“A vacina que entra no calendário do SUS é a quadrivalente. O público alvo são meninas de 11 a 13 anos, justamente por não terem iniciado a vida sexual”, explica o médico ginecologia.