O Sineduc (Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Ribeirão Pires), marcou presença na sessão da Câmara desta semana para pressionar os vereadores a abrir diálogo com o Executivo de modo a garantir ajuste na tabela de cargos de salários dos servidores. Segundo Perla Freitas, presidente da agremiação, atualmente acontece uma deturpação da tabela salarial, fazendo com que ocorra situações “bizarras” como, por exemplo, agentes escolares com mais de 15 anos ganharem apenas um salário mínimo, o mesmo que os novos contratados.
“Solicitamos que se cumpra a lei de plano de carreira e sejam respeitadas as linhas desse plano. Estamos cobrando a Câmara para que pressione a Prefeitura a corrigir a tabela de modo que ocorra um efeito em cascata nos vencimentos dos trabalhadores. Com a proposta que o prefeito anunciou os salários vão achatar ao longo dos anos e, com o tempo, esse achatamento vai resultar em todos ganhando salario mínimo”, explicou Perla.
A situação salarial em Ribeirão Pires tem gerado uma crise na Educação, com a evasão em massa de profissionais para outras cidades. Desde o início do ano, quase 80 profissionais já se desligaram do quadro público.
Os vereadores se comprometeram a criar um documento para cobrar o Executivo as devidas alterações. “Eles também garantem que não aprovarão nenhuma lei que prejudique o trabalhador”, apontou a líder sindical.
Líder de Governo na Câmara, Silvino de Castro, reconheceu que a atual condição salarial dos profissionais da Educação na cidade “é vergonhosa”. O vereador do PRB também disse que fará “uma ponte com o prefeito para que a adequação na tabela possa acontecer”.
Amigão D’Orto (PTC), sugeriu uma medida mais audaciosa: “Sentamos entre vereadores e discutimos a possibilidade de extinção do cargo de diretor da UBS. Esses cargos são comissionados e formados por ex-candidatos a vereador. São R$ 440 mil por ano. Vamos criar um documento para cobrar o prefeito de honrar o plano de cargos e salários. Se cortar os diretores, vai ter dinheiro para honrar o pagamento dos funcionários efetivos”. Rubão Fernandes (PSB), presidente da Casa, garantiu empenho do Legislativo para resolver o problema. “Vamos nos empenhar em defender essa causa”, garantiu.