Nesta quinta-feira, a partir das 19h, a Praça Central de Ribeirão Pires será sede de um show, com Luiz Grande e a banda Siderais, para promover a conscientização da sociedade no Dia Mundial de Combate à AIDS.
Conversamos com Luiz Grande, agente de saúde e cantor, que falou sobre o show e a importância da prevenção à doença.
1 – Neste dia Mundial de Combate a AIDS, qual a maior preocupação em relação a doença?
Como qualquer doença, AIDS ainda é uma das muitas que deve ser combatida com informação e não discriminação. Nossa maior preocupação é sim, conter a Epidemia, fazer com que o tratamento seja digno e que a população entenda que nem sempre as medicações fazem efeito em quem inicia tardiamente o tratamento. Só temos no momento, uma única saída: a Prevenção e a multiplicação das informações para conter a epidemia e exterminar o preconceito que muitos soropositivos enfrentam.
2 – A AIDS está aumentando entre adolescentes. Quais as ações estão sendo tomadas?
É preciso multiplicadores de informações entre os jovens que saibam como falar, como orientar, como acolher. Os pais devem conversar com seus filhos sobre esses assuntos, mas nem sempre estão preparados. Além disso, os professores têm papel fundamental na consciência sexual da criança e do adolescente. O jovem tem o direito de amar e saber que a reprodução humana deverá ser feita com consciência e responsabilidade. Entregar um preservativo e um folheto explicativo sobre AIDS, é um ato de humanidade…
3 – Nesta quinta, teremos um show com você e o Siderais para lembrar a data. Como será a apresentação?
A parceria com a Banda Siderais será um salto enorme na minha carreira. Eles me fizeram o convite, e eu aceitei imediatamente. Dividimos o Palco para levar informação sobre os temas já inseridos nas minhas apresentações: Violência Contra Mulher/Preconceitos/AIDS, com um repertório bem amplo: De um lado, minhas composições e interpretações, e deles, is clássicos do Pop-Rock. No final do show, todos irão cantar “Um Vírus Que Ninguém Vê” que fala justamente de AIDS. Um show com duração aproximada de 3 horas, “Ribeirão Pires Sem Preconceitos”, como já realizado por mim, desde 2006. Juntos, seremos oito instrumentistas no Palco Central. O Programa DST AIDS e o Núcleo de Violência Contra Mulher estarão presentes no local, e faremos a distribuição gratuita de preservativos e folhetos, a partir das 19h.
4 – Como artista, qual a mensagem que você deixa para a população nesta data?
Que as pessoas possam entender mais o que é AIDS e HIV. E, que a doença não pega com beijo e abraço. Eu costumo dizer: “Afaste de você o preconceito, não as pessoas”. E, respeitar o direito do humano soropositivo. Não jogá-lo na rua, nem discriminá-lo por ele ou ela ter AIDS ou HIV. E, minha voz, juntamente com as de outras pessoas, está melhorando esse mundo tão violento, tão derramado em sangue e sofrimento, para que Ribeirão Pires possa ser exemplo na atitude em relação à AIDS.