No dia 21 de agosto de 2008, em nossa edição 259, nossa matéria destaque tinha o singelo título de “Centro Alto, mas pode chamar de Vila Não Tem” e mostrava as inúmeras dificuldades que os moradores da região possuíam em ter acesso até mesmo a serviços básicos, como a Unidade Básica de Saúde, por exemplo.
Hoje, 20 de agosto, portanto, completa-se 7 anos da publicação daquela matéria. Será que alguma coisa mudou? Retomando aquele texto, vemos que se o problema da separação com o resto da cidade – potencializado com a presença da linha férrea que divide Ribeirão Pires em duas – ainda não foi sanado, ao menos a Unidade Básica de Saúde já existe. Localizada na esquina entre as ruas Olímpia Catta Preta e Aurora, foi inaugurada em 21 de setembro de 2013 e serviu também para desafogar a unidade do Centro.
Mas, e quanto aos outros temas. Vamos falar sobre eles a seguir.
Comércios – Em 2008, um dos problemas apontados era a ausência de locais para se fazer compras, já que 80% dos comércios ficam na parte baixa de Ribeirão Pires. “Do jeito que está, prefiro me deslocar para Mauá ou Santo André com menor frequência e estocar alimentos”, afirmou à época a munícipe Rosana Borges. Sete anos se passaram e a situação pouco mudou. O “centrinho” do bairro, nas imediações da escola Comendador Emílio Sortino, segue a todo vapor com a diferença de que o Mercado Vila Suissa duplicou de tamanho. Nas imediações, já próximo ao hospital, temos uma farmácia, restaurantes, uma lotérica e alguns comércios. É inegável que houve avanço – ainda que falte outra opção de comércio na região. Quem sabe com o novo supermercado da Avenida Santo André.
Saúde – Neste setor, no que se toca à rede particular, a região já era bem servida, com o Hospital Ribeirão Pires e clínicas particulares de diversas especialidades. Hoje, com a já citada UBS em funcionamento, o gargalo foi sanado, o que mostra o avanço da região. Quem sabe agora um ambulatório público de especialidades?
Segurança – À época, relatamos casos de munícipes vítimas de roubos a veículos o que, infelizmente, continua sendo o grande problema da região. Mais do que isso, recentemente uma dupla passou a aterrorizar os moradores com motos. Além disso, há a ação dos famigerados “flanelinhas” nas imediações do Hospital Ribeirão Pires causando incômodo. Entretanto, há de se reconhecer que o problema diminuiu sobremaneira com a instalação de um posto da Guarda Civil Municipal (GCM) nas imediações da Igreja Matriz e o consequente aumento das rondas na região.
Mobilidade – O grande problema da região, especialmente para os motoristas é a mobilidade. O bairro não conta com uma ligação direta para o Centro, obrigando-os a caminhar até a Ponte Seca ou o Jardim Mirante para poder chegar a parte baixa da cidade. Há o projeto de um viaduto para facilitar essa interligação que seria erguido nas imediações da Siporex, mas ainda não saiu do papel. Outro projeto que, embora voltado ao turismo poderia ajudar é o teleférico. Em andamento desde 2008, quando foi solicitado ainda na gestão Volpi, ele pode ter sua construção iniciada em breve.
Embora ainda não seja o ideal, já é possível dizer que a “Vila Agora Tem”. Mas pode ter mais.