PT reclama de remanejamento de verba proposta pelo Executivo

Um clima de discussão e bate-boca marcou a sessão da Câmara de Ribeirão Pires realizada na tarde de ontem. Com poucos requerimentos e indicações, os vereadores pareciam aguardar mesmo o momento da leitura da Ordem do Dia, que também não chamava tanto a atenção dos presentes. Porém, foram os quatro projetos do Executivo, incluídos em caráter de urgência, que travou os maiores debates.

Renato Foresto foi o único vereador a votar contra aprovação do projeto

Renato Foresto foi o único vereador a votar contra aprovação do projeto

Os projetos de Lei 017, 018, 019 e 020/2014 foram enviados pelo à Câmara em cima da hora e, como sempre, não agradaram ao petista Renato Foresto, que antes mesmo de serem lidos, pediu o adiamento de dois deles, os propunham alterações na Lei Orçamentária e no Plano Plurianual, que estima receitas e despesas do município. Ao solicitar adiamento, o opositor viu-se só na batalha. Todos os outros 15 vereadores se colocaram de pé, simbolizando seus votos contrários, mantendo os projetos na pauta, o que culminou em mero realinhamento de recurso financeiro entre secretarias.

Alegando que o PPA não foi discutido nos bairros e muito menos na Câmara Municipal, Renato Foresto foi o único vereador que votou contrário à aprovação destes itens.

Os outros dois projetos também fizeram referências financeiras. Um deles, o 019/2014 solicitava aumento de 30 para 60% a gratificação para os agentes de trânsito. A Prefeitura justificou que a proposta havia sido aprovada em reunião do Conselho Gestor do FMTT (Fundo Municipal de Transporte e Assistência ao Trânsito).

O último projeto corrigia um equívoco gerado com o aumento dos salários dos procuradores municipais, aprovado recentemente na Câmara. O projeto aplicava uma redução de 30% para 23,63% na bolsa-auxílio dos estagiários de Direito da Prefeitura. Como o valor da bolsa acompanhava um percentual do salário dos procuradores, a Municipalidade sugeriu “manter os auxílio no mesmo patamar, sem qualquer majoração”.

Em ordem partidária, o vereador Renato Foresto foi questionado por sua atitude de oposição isolada na Câmara. José Maria Adriano (PMDB), líder de Governo, recordou ao colega de bancada que o governo municipal é aliado ao PT na esfera federal e que o partido deverá dividir palanque com o governo na campanha para a reeleição presidencial. José Nelson (PSD) reforçou o discurso do líder de governo, mas foi rechaçado por Foresto, que insistiu em seu direito de se posicionar como contrário ao governo, uma vez que seu partido, em ordem municipal, tomou por certa essa direção.

Tão rápido quanto começou, a discussão acabou, partindo para diálogos que passaram longe do foco da pauta, levando a sessão para mais de cinco horas de duração.

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