SEJEL transmitirá espetáculo teatral nesta sexta-feira (2)

Premiada peça de teatro, construída com base no conceito de leveza, promove importante reflexão sobre a violência contra população jovem e negra do País (classificação: 14 anos)

Nesse momento de combate à covid-19, atividades culturais presenciais foram suspensas e plataformas online se tornaram ferramentas importantes na difusão de produtos culturais e de entretenimento. Na próxima sexta-feira, dia 2, a SEJEL – Secretaria de Juventude, Esportes, Lazer, Cultura e Turismo da Prefeitura de Ribeirão Pires, promoverá a transmissão do espetáculo teatral Buraquinhos ou o Vento é Inimigo do Picumã (classificação: 14 anos), a partir das 20h, na página oficial da secretaria no Facebook (facebook.com/SejelRP).

O espetáculo narra a história de um menino negro que mora na periferia de Guaianases, em São Paulo, e que corre o mundo todo fugindo de um policial que o quer morto. Utilizando o realismo fantástico, o menino viaja pelo mundo passando por países da América Latina e África, e encontra pelo caminho figuras que o ajudam a se esconder do algoz. Com uma sacola de pães nas mãos, ele corre para longe, mas com o desejo de voltar para casa.

A denúncia e reflexão do tema, promovidos pela narrativa, foram construídos com base no conceito de leveza. Dessa maneira, o espetáculo aborda de maneira suave a denúncia sobre o genocídio da população jovem e negra no Brasil.

“Essa transmissão de uma peça teatral é uma iniciativa inédita da cultura na cidade. Estamos buscando ferramentas e diferentes maneiras de levar entretenimento, conhecimento e cultura à toda população, principalmente durante esse período de agravamento da crise causada pelo coronavírus em todo País”, explicou o secretário da SEJEL, Claurício Gonçalves Bento.

O espetáculo é a segunda etapa da “Trilogia da Fuga”, uma pesquisa do coletivo Carcaça de Poéticas Negras, formado em 2016, por quatro artistas negros e periféricos. O texto do espetáculo foi um dos três premiados na IV Mostra de Dramaturgia em pequenos formatos cênicos do Centro Cultural São Paulo – fato que deu a Jhonny Salaberg o título de primeiro dramaturgo negro a ser premiado na mostra. Premiado a Melhor Direção pelo APCA – fato que deu a Naruna Costa o título de primeira mulher negra a ganhar o prêmio. Premiado também a Melhor Direção pelo Aplauso Brasil, Melhor Projeto e Melhor Dramaturgia pela UOL e Melhor Peça de 2018 pela Folha de São Paulo. Indicado a Melhor Dramaturgia pelo APCA e Melhor Elenco pelo prêmio Aplauso Brasil. Texto lido na 5° edição do Festival Melanina Acentuada (Salvador/BA), publicado dentro da Coleção Dramaturgia pela Editora Cobogó (RJ) e na 1° Antologia de Dramaturgia Negra pela FUNARTE.

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