Há alguns dias, os quiosques pertencentes à segunda etapa do Terminal Rodoviário Turístico de Ribeirão Pires estão recebendo pintura. Segundo o prefeito Clóvis Volpi (PV), ainda não há nenhuma ocupação definida para o local. A iniciativa foi apenas para deixar o imóvel mais bonito. “Não tem nada definido. Pretendemos licitar a locação daquele prédio e quem deverá terminar o prédio é quem locar, porque cada situação depende de um tipo de acabamento. Só foi pintado porque estava muito feio, então a gente melhorou o visual”, afirmou o Chefe do Executivo.
Reunião – Na última quarta-feira (4), integrantes do Instituto do Patrimônio do ABC reuniram-se com o prefeito para solicitar a demolição do condomínio comercial formado por 10 quiosques erigidos defronte à Estação Ferroviária, fato que, segundo os membros do Instituto, “prejudicam a sua visibilidade e ambiência arquitetônica, desvalorizando desta forma o conjunto de edificações construídas pelos ingleses no início do século passado”. Participaram do encontro o presidente do Instituto do Patrimônio do ABC, Dalton Edson Messa, a vice-presidente Anna Gedankien, o historiador Arnaldo Boaventura Neto e o memorialista Adalberto Dias Almeida.
O prefeito disse que aguarda posicionamento do CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) para tomar conhecimento do que foi tombado de fato. Sobre a manutenção do local, Volpi disse que poderá rever o projeto em virtude do tombamento e do desinteresse das redes de fast-food em locar o prédio devido ao projeto da CPTM de instalar passarela de pedestres logo acima dos quiosques, ligando o centro baixo com a parte alta da cidade. O Chefe do Executivo descartou desta forma a ideia inicial de re-locar este espaço para o Habib´s.
Um dia antes da reunião, Arnaldo Boaventura e Adalberto Dias receberam a visita de Ralph Giesbrecht, especialista em ferrovias e autor dos processos de tombamento das Estações Ferroviárias de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Ralph veio à cidade para analisar as obras de intervenção da Prefeitura e não gostou do que viu. “Têm ampla razão as entidades em reclamarem. O CONDEPHAAT está sendo chamado a intervir, mas não vai ser fácil consertar o estrago”, disse ele.