Ribeirão terá campanha de doação de medula óssea neste sábado

A família do garoto Lucas, de 10 anos, que sofre de leucemia, promoverá neste sábado (14), uma campanha de doação de medula óssea. Há cinco anos o menino luta contra a leucemia e precisa de um transplante de medula. A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos) e tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

A campanha consistirá em um cadastramento de doadores, que deverá ser feito no Ribeirão Pires Futebol Clube, das 10h ás 16h.

“A intenção é mobilizar o máximo de pessoas possíveis, pois a chance de encontrar uma medula compatível é de 1 em 100 mil”, fala Rosimar Guizzardi, mãe de Lucas.

Para colaborar, é preciso ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. No sábado, os doadores terão uma pequena quantidade de sangue colhida (10 ml) e preencherão uma ficha com informações pessoais.

O sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar as características genéticas do doador que podem influenciar no transplante. O tipo de HLA será incluído no cadastro.

Os dados do doador farão parte do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA) e serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea. Se for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários.

Para informações sobre a campanha em prol do garoto Lucas, os telefones de contato são: 4823-6037 (Dona Rosi, mãe de Lucas); 6371-4366; 7555-1501 (pai de Lucas).

Saiba um pouco mais sobre o transplante de medula óssea.

O que é medula óssea? – É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por ‘tutano’. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. As hemácias transportam o oxigênio dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico das células para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo e nos defendem das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

O que é transplante de medula óssea?

É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfoma. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente. No transplante alogênico a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.

Como é o transplante para o doador?

Antes da doação, o doador faz um rigoroso exame clínico incluindo exames complementares para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita em centro cirúrgico, sob anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. São realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 15%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde. Leia mais sobre a doação de medula.

Como é o transplante para o paciente?

Depois de se submeter a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula, o paciente recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras que, uma vez na corrente sangüínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem. Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e hemorragias. Por isso, deve ser mantido internado no hospital, em regime de isolamento. Cuidados com a dieta, limpeza e esforços físicos são necessários. Por um período de duas a três semanas, o paciente necessitará ser mantido internado e, apesar de todos os cuidados, os episódios de febre muito comuns. Após a recuperação da medula, o paciente continua a receber tratamento, só que em regime ambulatorial, sendo necessário em alguns casos o comparecimento diário ao Hospital-dia.

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