Na última terça-feira (20), foram realizadas eleições para a presidência do Consórcio ABC que elegeram o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), como presidente em sucessão ao atual mandatário, o prefeito de Santo André, Paulo Serra, com o prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), escolhido para ser o vice-presidente da entidade regional.
Entretanto, a volta de Mauá ao comando do órgão intermunicipal após 22 anos foi ofuscada pelo anúncio das saídas de Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul do órgão regional, decisão essa anunciada em nota oficial conjunta pelos três prefeitos, respectivamente Guto Volpi, Orlando Morando e José Auricchio Junior, que foi derrotado no pleito por 4 votos a 3.
Segundo o documento divulgado na tarde da mesma terça-feira, a decisão não se deu em razão do resultado, mas sim por conta do “modelo obsoleto e da pouca produtividade do Consórcio”, que leva as prefeituras a acreditar “que os recursos empenhados mensalmente à entidade serão melhor aplicados diretamente nos municípios, com mais investimentos em saúde, educação e segurança pública”.
Além disso também há o questionamento em relação às contribuições: “Os altos custos da mensalidade do Consórcio não são compatíveis com a realidade dos municípios. E, além disso, o Consórcio não conseguiu suprir os anseios das cidades perante ao Governo do Estado e Federal. Desta forma, o posicionamento é para viabilizar ações concretas, com economicidade do dinheiro público”.
Histórico – Não é a primeira vez que ocorre essa cisão no Consórcio ABC que tem como finalidade principal aglutinar as demandas dos sete munícipios para a realização de projetos em conjunto. Diadema, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Caetano do Sul já chegaram a anunciar a saída do colegiado das cidades – até mais de uma vez. Vale ressaltar que a saída definitiva depende de Projeto de Lei a ser aprovado pelas respectivas Câmaras Municipais por isso há esperança de que o quadro ainda possa ser revertido.