Cidade tem operado acima do limite de capacidade para atender à crescente demanda de Covid
Essa semana foi, certamente, uma das mais letais em Ribeirão Pires desde o início da pandemia. Levando em consideração o período de cinco dias (entre segunda-feira, dia 22, e sexta-feira, dia 26) foram registrados no município 14 óbitos de pessoas que aguardavam vaga de UTI na fila do CROSS (Sistema de Regulação de Vagas do Governo do Estado). Desde o dia 1 de março até a data de hoje, a cidade já computou 33 mortes nessa fila.
Desde meados de fevereiro, a cidade está operando com seus equipamentos lotados. O Hospital de Campanha está com 100% dos leitos ocupados há mais de um mês e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA Santa Luzia) tem atendido além de sua capacidade, inclusive intubando pacientes . “O número de casos de Covid cresceu absurdamente nas últimas semanas. Temos feito de tudo para salvar os pacientes, mas, se esses números continuarem a subir, a situação ficará ainda mais complicada”, observou o secretário de Saúde, Audrei Rocha.
A prefeitura está tentando ampliar o número de leitos para poder dar conta da crescente demanda da doença. No entanto, a White Martins, empresa responsável pelo fornecimento de oxigênio, comunicou que não tem condições de dar um suporte maior do que já é fornecido, situação que tem impossibilitado a ampliação das estruturas de enfrentamento à Covid em Ribeirão Pires.
Hoje, 15 pessoas aguardam por vaga no sistema CROSS, 11 por leitos de UTI. A cidade já registra 4.612 casos confirmados de Covid e 202 mortes.