A 14° Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília, entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro, contou com a participação de representantes da sociedade civil de Ribeirão Pires. Daniel Barbosa, na qualidade de delegado e responsável por sugerir e votar em propostas a serem posta em prática em todo o território nacional, contribuiu para que a Saúde de Ribeirão Pires recebesse atenção especial por parte do Governo.
Nas propostas ligadas ao financiamento da Saúde Pública, alguns pontos se destacaram pela importância da discussão. A reforma tributária para a Saúde (proposta surgida na etapa Estadual da conferência) sugere que o repasse do seguro obrigatório DPVAT e de multas de trânsito, além de imposto coletados de indústrias de álcool, tabaco e empresas poluidoras de todas as atividades sejam destinados exclusivamente e integralmente para Saúde.
Outra proposta visa uma alteração na Emenda 29 da Constituição, que define um percentual mínimo do orçamento da União a ser investido na Saúde. A indicativa sugere que a União, os estados e os municípios devam comprometer 10, 12 e 15% de seus orçamentos, respectivamente, para a Saúde em cada uma das esferas. “Não somente isso, mas que 10% dos recursos do pré-sal sejam investidos no SUS (Sistema Único de Saúde), colaborando com os recursos necessários”, informa Daniel.
Enquanto essas propostas foram aprovadas e aguardam uma manifestação do Congresso Nacional, a criação de um novo imposto foi rejeitada na Conferência.
Uma decisão que afetará drasticamente a Saúde em Ribeirão Pires diz respeito à terceirização do setor. “Essa foi nossa maior conquista. Aprovamos que em todas as esferas de governo a Saúde seja 100% pública e estatal, acabando com a terceirização, rejeitando a participação de OSCIPS e OSS”, revela Barbosa.
O relatório extraído da Conferência contempla mais de 100 propostas que serão válidas para os próximos quatro anos, quando uma nova conferencia avaliará o que foi implantado e proporá novas medidas.