Ribeirão espera recursos para recuperação da área da antiga Fábrica de Sal

O secretário de Gabinete e Assuntos Estratégicos, Paulo de Tarso, protocolizou ontem, dia 09, pedido adicional junto ao Ministério da Cultura – IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Superintendência Regional de São Paulo, no sentido de abrir segunda frente para obtenção de recursos federais para recuperar a área da antiga Fábrica Sal. Pedido igual foi feito, dia 03 de fevereiro, junto ao Ministério do Turismo, em Brasília (DF). A Fábrica de Sal foi interditada em 2009, devido aos efeitos da salinização, depois de efetuada vistoria pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) com emissão de laudo técnico.

O secretário manteve encontro com assessores da superintendente regional, Anna Beatriz Ayroza Galvão

O pedido O secretário manteve encontro com assessores da superintendente regional, Anna Beatriz Ayroza Galvão, objetivando inspeção técnica para possível liberação de recursos ainda não precificados para serem aplicados em obras de desalinização e recuperação do edifício através de trabalho técnico desenvolvido pela Secretaria de Gabinete de Assuntos Estratégicos, com concurso da Secretaria de Desenvolvimento do Estado, onde foi realizado o laudo técnico pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas”. Tarso explica que, em 2009, foi exarado parecer técnico visando a elaboração de projeto para recuperação, restauração e proteção estruturais do edifício “Dom Helder Câmara”, onde estava localizado o Centro Educacional “Ibrahim Alves de Lima”. O prédio está sendo corroído pelos efeitos da salinização.

O prédio – O edifício foi erguido em 1898 em originalmente, serviria para moinho de trigo, mas, para este fim, foi utilizado por pouco tempo, até a instalação da Indústria e Comércio C. Cotelessa, última a ocupar o local, e que comercialiava o sal ‘Rodolpho Valentino’. Isso até 2003, quando o prédio foi adquirido pela Municipalidade e recuperado. Porém, os efeitos da sanilização, de acordo com Paulo de Tardo, fizeram com que, em 2009, viesse a ser interditado, quando ainda funcionavam no mesmo a Secretaria de Educação e o Centro Educaional “Ibrahim Alves de Lima”. 

Revitalização – O programa do Ministério do Turismo visa revitalizar bens do patrimônio histórico, propiciando a adequação urbana necessária para suas edificações e com a recuperação do espaço público, possam ser utilizados para fins turísticos.  “Isso possibilita a preservação da identidade cultural e dinamismo econômico das áreas reconhecidas como patrimônio histórico das cidades, cientes de que os valores a desembolsar seriam de grande monta, ainda não precificados. Agora estamos aguardando, até com certa ansiedade, a visita técnica por parte dos membros do ministério para os próximos dois meses”, disse o secretário.

Os recursos seguem função programática e serão aplicados em obras de infraestrutura para recuperação da área, sendo que o início das obras dependerá dos trâmites legais e operacionais e disponibilidade orçamentária do Ministério do Turismo. “Contamos agora com a agilidade do processo junto ao outro ente federal para que a visita também ocorra e que consigamos obter os recursos federais para que as obras tão necessárias possam ser executadas no menor espaço de tempo possível”, afirma o prefeito Clóvis Volpi.

O secretário Tarso completa: “Dada a singularidade do processo e o grande valor histórico e arquitetônico do prédio, esperamos com grande ansiedade a inspeção técnica do Ministério da Cultura, aguardando também a do Ministério do Turismo, sendo as visitas técnicas e a evolução do assunto de caráter imensurável e relevância sem par para cidade e região, sendo a fábrica um marco do desenvolvimento industrial da cidade; portanto. estamos pleiteando junto aos dois ministérios. Face o valor ser estimado de grande monta, também estamos indo outras instâncias para conseguir os recursos, ao tempo que vamos contratar empresa para realizar orçamento definitivo do montante a ser necessário para recuperação do prédio e devolução do mesmo aos munícipes”..

Principais ações do IPHAN – Em parceria com prefeituras de doze municípios históricos de São Paulo, o Iphan-SP desenvolve planos de ação que aliam desenvolvimento econômico e preservação em algumas cidades que possuem patrimônio tombado pelo Iphan. O prédio da Fábrica de Sal não é tombado. O programa PAC Cidades Históricas articula os governos federal, estadual e municipal, e prevê a execução de ações conjuntas na proteção do patrimônio cultural brasileiro.

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