Como animais de estimação, os répteis domésticos são conhecidos por serem fascinantes e relativamente fáceis de cuidar. No entanto, ter esses animais em casa exige grande responsabilidade, o que começa com a compra do pet de forma legalizada.
Caracterizada como crime ambiental, a compra de répteis de forma ilegal não condiz com as atitudes de quem é apaixonado pela natureza. Afinal, a prática incentiva o tráfico de animais, responsável não só pela morte de milhares de bichinhos anualmente, como também por causar desequilíbrios ecológicos.
Espécies legalizadas: quais répteis domésticos você pode ter em casa?
Só no Brasil, o 1º Relatório Nacional de Tráfico de Animais, de 2002, revelou que, a cada ano, são retirados da fauna brasileira 38 milhões de animais silvestres!
A decisão de levar para casa um animal de estimação começa com a definição de que espécie você deseja ter. No caso dos répteis, o primeiro passo é conhecer quais são as espécies permitidas pelo IBAMA. Abaixo, listamos as principais:
- Iguana verde (Iguanidae);
- Jabuti-tinga (Chelonoidis denticulata);
- Jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria);
- Tartaruga tigre d’água (Trachemys dorbigni);
- Teiú (Tupinambis);
- Jiboia arco-íris da Amazônia (Epicrates cenchria cenchria);
- Jiboia arco-íris da Caatinga (Epicrates cenchria assisi);
- Jiboia arco-íris do Cerrado (Epicrates cenchria crassus),
- Suaçuboia (Corallus hortulanus).
Depois de escolher a espécie desejada, faz parte de uma atitude responsável estudar suas características e necessidades. Tenha em mente que, apesar da facilidade no cuidado, os custos de manutenção desses répteis para criar é elevado devido ao terrário e a outros acessórios importados essenciais.
Nota fiscal é uma garantia de legalização
Já encontrou a espécie que mais tem a ver com você? Nesse caso, é hora de partir para a compra de maneira legalizada. Mas como saber se um criadouro ou revendedor de fato tem autorização do Ibama para a venda de determinada espécie?
Em primeiro lugar, o revendedor precisa apresentar uma nota fiscal e certificado de manejo no momento da compra.
Isso assegura que o pet foi criado em cativeiro para fins comerciais e que não foi retirado diretamente da natureza. Além de dados do criador, a nota fiscal também deverá trazer algumas informações técnicas sobre o animal.
Verifique se réptil doméstico também tem um microchip
É importante ter certeza de que os répteis, como uma jiboia, por exemplo, foram criados em cativeiro. Outra medida fundamental é verificar se o pet possui um microchip subcutâneo.
Por ser único e individual, o dispositivo funciona como uma espécie de identidade do réptil perante o Ibama.