Um dos maiores e mais importantes reservatórios de água da Região Metropolitana de São Paulo, a Represa Billings, completou 90 anos no último dia 27 de março.
Em 27 de março de 1925, o então presidente da República Arthur Bernardes, concedeu à empresa Light o direito de represamento de alguns rios do ABC e da Capital paulista para que se formasse um lago artificial no Alto da Serra do Mar. O responsável pela obra era o engenheiro americano Asa White Kenny Billings, daí a origem do nome da represa.
Nos anos 40, iniciou-se o processo de desvio de parte da água do Rio Tietê e seus afluentes para o reservatório Billings, a fim de aumentar a vazão da represa e ampliar a capacidade de geração de energia elétrica na Usina Henry Borden. No entanto, poucos anos depois, o bombeamento das águas do Tietê para a Billings começou a mostrar graves consequências ambientais. O crescimento de São Paulo e a falta de coleta e tratamento de esgoto levou à intensificação da poluição do Tietê e seus afluentes que, por sua vez passaram a comprometer a qualidade da água da Billings.
Atualmente o volume de água da Billings é de cerca de500 bilhões de litros. E sua estimativa de é que a Represa teria capacidade de fornecer água para cerca de 4,5 milhões de pessoas, porém isso não ocorre devido aos altos índices de poluição, pela parte de ocupações irregulares.
A data foi alvo de vários eventos, a grande maioria de reflexão por conta do papel da represa para a região e também para a situação de abandono do reservatório. Isso, aliado a recente inauguração de uma adutora para levar as águas da Billings a São Paulo levanta uma questão: o que será do futuro da represa?
