A presença de comercio ambulante na região central de Ribeirão Pires parece crescer diariamente. A situação, alarmante, tem atrapalhado a vida de comerciantes e transeuntes, que reclamam solução para o problema, que só poderá ser resolvido por meio de ações inteligentes entre os órgãos fiscalizadores do Poder Público, que incluem as polícias Civil e Militar, Defesa Civil, Bombeiros, Vigilância Sanitária, Centro de Controle de Zoonoses e as secretarias de Infraestrutura Urbana, Meio Ambiente e Saúde.
A redação do Mais Notícias tem sido procurada por diferentes cidadãos que denunciam o caos reinante nas imediações da Estação Ferroviária, Rodoviária, Rua do Comércio, Rua Cidade de Santos e adjacências, onde marreteiros, ambulantes ilegais, flanelinhas, vendedores de passagem e mercadorias roubadas, ladrões e assaltantes, animais de rua, traficantes etc., atuam livremente em prejuízo ao comerciante e ao cidadão que transita ou trabalha na região. Em uma simples caminhada pela região é possível notar irregularidades como: venda de produtos perecíveis sem o menor cuidado com a conservação, botijões de gás acesos e caçarolas de óleo fervente em meio ao público, fogo de carvão, produtos de origem animal e vegetais mal conservados, materiais roubados, contrabandeados e pirateados, oferecidos livremente aos passantes e há quem os compre.
Outro problema constatado são as casinhas de cachorro nesses locais, animais esses vetores de diversas doenças transmissíveis, além do risco de ataque à pessoas e a procriação e proliferação desenfreada. Tudo isso ocorre diurnamente, inclusive no interior da rodoviária.
Perguntados se já haviam reclamados junto aos órgãos públicos competentes, os comerciantes se disseram descrentes nas promessas de melhoria no local. É voz corrente que figuras da política patrocinam esse estado de coisas e tiram vantagem disso. Nosso corpo editorial discutiu o assunto e decidiu publicar a matéria sem consultar os órgãos públicos que deveriam atuar na solução do problema, já que envolve muitos setores que estão relacionados na matéria. Caso desejem se manifestar o jornal está aberto para ouvi-los e apresentar para a população quais ações efetivas serão tomadas para solução do problema.
Comerciantes dividem opiniões – Denise Soares, há 10 anos no comércio de Ribeirão Pires como funcionária de uma loja de roupas comentou. “Creio que prejudica o comércio legal porque eles não pagam imposto e por isso o produto deles sai mais barato. Por outro lado, eles estão tentando sobreviver”. Já Ivânia Afonso, que há 17 anos atua no comércio em Ribeirão afirma: “Atrapalha bastante no visual da cidade e no comércio. O calçadão fica muito tumultuado e o comércio ambulante interfere na economia da cidade. A Prefeitura deveria arrumar um lugar para eles”.
Débora Sant’ana, funcionária de uma ótica, explicou: “Não incomoda, porque é o sustento deles. Porém isso empobrece a imagem da cidade, principalmente os visitantes estrangeiros”.
Um comerciante que atua no interior do Terminal Rodoviário, e prefere não se identificar, denuncia ter sido vítima de constantes arrombamentos, contabilizando sérios prejuízos. “Isso sem falar na concorrência desleal. Eles vendem de tudo na nossa porta”, concluiu.
Outro comerciante, que está na cidade há 33 anos e também preferiu não se identificar salientou: “Não embeleza a cidade, porém não atrapalha as minhas vendas. Tenho medo de pequenos furtos que possam vir ocorrer. Sábado passado contei 21 camelos da estação até a Padaria Central. Para quem chega na cidade, fica muito feio”.