Gosto de citar antigos ditos populares para ilustrar meus artigos, pois, além de chamar a atenção para o texto, ainda ajudam na compreensão do mesmo.
Temos acompanhado por este Brasil afora, exemplos de pessoas que se candidatam a cargos pra os quais não têm a menor condição de chefiar. Grandes exemplos são presidentes de clubes, associações, sindicatos, os quais chegam a cargos importantes graças a muita conversa, ou algum outro tipo de convencimento, e, em pouco tempo, arrasam com as finanças, ou com a credibilidade da entidade e com a sua própria.
Conduzir, gerenciar, dirigir, exigem muito mais do que saber mandar ou saber cobrar; precisa ser um líder, pois o líder tem o respeito e a obediência de seus comandados, e um líder não o é por acaso, deve saber escolher pessoas de confiança e certificar-se de sua competência, diligência e fidelidade; e aí sim conduzir com segurança e sucesso.
Isso tudo se aplica aos políticos, aliás, especialmente aos políticos, que graças ao tráfico de influências, manobras partidárias e ou ameaças através de veículos de comunicação e outros artifícios, galgam cargos para os quais não estão preparados para assumir. Aí o que se vê é um festival de desperdício do dinheiro público, desgaste político, comprometimento de parceiros e prejuízos morais e financeiros.
O vice-prefeito ‘Dedé da Folha’ deu, nos últimos oito anos, provas inequívocas da sua falta de preparo para a função político-administrativa. Vejamos: logo no início do mandato de vereador recebeu do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) uma punição de três anos de inelegibilidade por abuso de poder econômico; “eleito” ou conduzido à presidência da Câmara, teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) nos dois anos de mandato – 2007/2008 – (ainda que caiba recurso), e agora teve um novo apontamento pelo mesmo Tribunal, por mau uso da verba de gabinete, além de outras irregularidades.
E o homem quer ser prefeito. Teria competência para pleitear o cargo? Ou seria melhor nem tentar se estabelecer? Se Dedé não conseguiu comandar com sucesso uma Câmara com cinquenta funcionários e um orçamento de, na época, de cerca de R$ 4 milhões, que diria gerir uma Prefeitura com um orçamento de R$ 150 milhões? Talvez percebendo isso, é que as principais figuras do seu partido, o PPS, estejam abandonando o barco’, deixando o ‘reizinho’ só.
Gazeta