A convivência harmoniosa do prefeito Clóvis Volpi (PV) com apoio de aliados de seu governo às mais variadas candidaturas de deputado estadual e federal mostrou estratégia de dividir para somar. Ou seja, dividir os votos e somar os recursos que deverão vir para a cidade nos próximos anos, além de abrir portas e acessos às diversas secretarias de Estado e aos principais Ministérios.
Ao evitar o sistema de pressão de poder de prefeito junto às lideranças e colaboradores, assistiu a entrada de deputados na cidade por meio dos partidos que compõem a base de sustentação do governo e que agora têm o comprometimento de ajudar Ribeirão Pires. Dentro desse contexto, Volpi calcula que R$ 2 milhões ao ano em emendas parlamentares chegarão ao Município para novas obras, o que significa um acréscimo de 20% nos investimentos previstos para a cidade nos próximos 24 meses.
Volpi é enfático e afirma que todos os deputados que conseguiram votos em Ribeirão Pires, com o comprometimento direto com ele e com os apoiadores da base, deverão, anualmente, direcionar à cidade emendas mínimas de R$ 150 mil/ano. Regina Gonçalves, eleita com o apoio do Partido Verde local, tem comprometimento maior e suas doações anuais poderão chegar a R$ 500 mil. Pelo menos, essa é a esperança do prefeito.
Além de Regina Gonçalves, do PV, Alex Manente, do PPS, Orlando Morando, do PSDB, Donizete Braga, do PT, Estevam Galvão, do DEM, Campos Machado, do PTB e Feliciano, do PV, todos têm agora compromisso com a cidade.
Na Câmara Federal alguns deputados igualmente se comprometeram em auxiliar Ribeirão Pires. Valdemar da Costa Neto, do PR, é sabidamente o mais comprometido, embora o relacionamento pessoal de Volpi com parlamentares como José Aníbal e Ricardo Trípoli, do PSDB, Roberto Santiago e Penna, ambos do PV, poderá também se reverter em ações e recursos para Ribeirão Pires. Quanto ao Senado, Volpi se considera amigo pessoal de Aloysio Nunes, com quem deve manter estreito relacionamento para intensificar as ações necessárias para Ribeirão Pires nos próximos dois anos.
Desta forma, ao não escolher um candidato da própria cidade para apoiar, justamente por ter experiências anteriores de que Ribeirão Pires ainda não tem colégio eleitoral suficiente para eleger um representante genuíno, o prefeito evitou eventuais problemas que uma escolha puramente doméstica pudesse trazer no futuro como ficar com as portas fechadas nas outras esferas de governo. Assim, Volpi certamente pensou muito mais na cidade, onde ainda tem dois anos de mandato e muitos projetos que precisam ser implementados com o apoio dos governos estadual e federal.