Mineiro, petroleiro de plataforma, policial, bombeiro, domador de leão, trapezista, todas essas profissões são reconhecidamente perigosas. Entretanto existe uma de extremo risco, senão de morte, embora possa ocorrer, há grandes possibilidades de se perder a honra, a moral, o dinheiro, o carro e ainda ir parar na cadeia. Estou falando da cada vez mais perigosa profissão de tesoureiro de campanha ou de partido, em particular do Partido dos Trabalhadores.
Quem não se lembra do famoso P.C. Farias, tesoureiro de campanha de Fernando Collor, morto em circunstâncias até hoje mal explicadas? E do Delúbio Soares, tesoureiro do PT e preso no caso do Mensalão, ainda cumprindo pena, se bem que em prisão domiciliar, no conforto do lar. E do João Vacari Neto, preso por determinação do juiz Sérgio Moro, junto com a cunhada na Operação Lavajato, que investiga o escândalo da Petrobrás e que pode levar ao impeachment da presidente Dilma Rousseff?
É claro que muitos tesoureiros de muitas campanhas, de muitos políticos passaram ilesos no exercício de seus cargos, dependendo muito de como foi captado o dinheiro das campanhas e da usura na prestação de contas.
O Partido dos Trabalhadores, do Lula e da Dilma, sob fogo da Justiça da Oposição, teve muitas dificuldades para encontrar um nome dentro da sigla que aceitasse assumir o cargo de novo tesoureiro. Quem aceitou ir para o sacrifício foi o ex-deputado estadual e ex-secretário do Meio Ambiente de Sergipe, Marcelo Macedo.
Uma boa notícia espera por Macedo: a verba do Fundo Partidário da União subirá de R$ 327 milhões para R$ 867 milhões e a fatia que cabe ao PT. De R$ 39 milhões para R$ 100 milhões. Vale o risco de ir para a cadeia?