Primeira sessão do ano é marcada por tumulto

A primeira sessão ordinária da Câmara de Ribeirão Pires e a estreia do vereador Gerson Constantino (PV) na presidência da Casa foi tumultuada. No início, comerciantes da antiga rodoviária se manifestaram através de cartazes, clamando por um lugar para continuarem trabalhando, já que terão que deixar o local, que abrigará um shopping.

Comerciantes da antiga rodoviária discutiram com vereadores

Durante a sessão, uma munícipe pediu espaço para falar, mas seguindo as normas do regimento interno, Constantino não interrompeu as atividades da Mesa e disse que assim que a reunião terminasse, a ouviria.

Ao final, a mulher foi até o plenário e, desesperada, gritou que alguma coisa precisava ser feita com relação aos comerciantes da área e que o prefeito Clóvis Volpi (PV) havia dito a ela que a culpa da desapropriação era de Constantino. “O prefeito jamais falaria isso de alguém que foi líder dele, do presidente da Câmara”, falou o vereador.

Nervosa, a mulher desmaiou e foi levada ao hospital.

O novo presidente disse que a Câmara, em momento nenhum, votou pela retirada dos comerciantes. “Votamos autorizando a licitação para dar um destino, porque hoje se critica muito aquele local abandonado, virando moradia de cachorros, de indigentes, usuários de drogas. Não somos nós quem temos esse poder de retirada ou não. A retirada deles de lá é algo que eles já sabiam desde a mudança do Terminal para a nova rodoviária. Atendi a comissão de comerciantes antes da virada do ano. Quando vi que não tinha possibilidade de fazer alguma coisa, eu falei a verdade pra eles: ‘esqueçam a negociação, se quiserem, vão para a Justiça, só uma liminar vai segurar vocês’. A minha ajuda foi até ali, não tinha condições de ir mais além. Mas sabe qual foi o pedido da comissão pra mim? Que fosse prorrogada a retirada para que eles vendessem o que sobrou do Natal, não era nem para impedi-los de sair”, conta o verde.

Constantino não escondeu a frustração de sua primeira sessão como presidente. “Fico chateado porque não gosto de ver ninguém sofrer, eu trabalho com vidas. Ver uma pessoa sofrer assim, me machuca. Cortou-me muito o coração aquela ação, mas via Câmara extrapolou, não tem mais o que fazer, mas é mais fácil vir para cá porque Clóvis Volpi não é mais candidato, eu sou candidato a vereador, prefeito, vice, sei lá, mas eu sinto mesmo, acontecer isso na primeira sessão fica marcado pra mim”.

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