Prefeitura apresenta projeto de recuperação da antiga Fábrica de Sal ao Ministério do Turismo

Na última quinta-feira (03), o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV) e o secretário de Gabinete e Assuntos Estratégicos, Paulo de Tarso Gonçalves dos Santos, protocolizaram junto ao Ministério do Turismo, na Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, o projeto para recuperação do edifício Dom Helder Câmara, mais conhecido como a antiga Fábrica de Sal. O prédio está interditado desde 2009, devido à contaminação com cloreto de sódio.

Em 2009, prefeito Clóvis Volpi disse que os estragos no prédio estavam na ordem de R$ 3 milhões

O objetivo da ida a Brasília foi viabilizar uma visita técnica ao edifício e a liberação de recursos para serem aplicados em obras de dessalinização e recuperação do local, por meio de trabalho técnico desenvolvido pela Secretaria de Gabinete e Assuntos Estratégicos (SGAE), com concurso da Secretaria de Desenvolvimento do Estado. Em dezembro de 2009, o então secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, entregou a Volpi um parecer técnico feito por especialistas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), através do Programa de Apoio Tecnológico à Políticas Públicas, no qual foram recomendadas ações para recuperação do solo dos edifícios que compõem o Centro Educacional Ibrahim Alves de Lima. Em junho daquele ano, o Chefe do Executivo ribeirãopirense afirmou que o estrago estava na ordem de R$ 3 milhões.

“Entregamos um pedido na Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, visando adequação do patrimônio histórico cultural para utilização turística, já que os recursos para recuperar aquela área são vultuosos”, disse Paulo de Tarso.

O Programa do Ministério do Turismo visa revitalizar bens do Patrimônio Histórico, propiciando a adequação urbana necessária para suas edificações e recuperação do espaço público, para que possam ser utilizados para fins turísticos, promovendo-se, assim, a preservação da identidade cultural e dinamismo econômico das áreas reconhecidas como patrimônio histórico das cidades e regiões. “Aguardamos ansiosos a visita técnica por parte dos membros do Ministério para os próximos dois meses, segundo informes”, falou Paulo.

Os recursos que, após análise deverão ser liberados em valores ainda não estimados, seguem função programática e serão aplicados em obras de infraestrutura para recuperação da área, sendo que o início dos trabalhos dependerá dos trâmites legais e operacionais, e da disponibilidade orçamentária do Ministério nesta modalidade.

“Contamos agora com a agilidade do processo junto ao ente federal para que obras, tão necessárias, possam ser executadas no menor espaço de tempo possível”, declarou o prefeito Clóvis Volpi.

“Dada a singularidade do processo e o grande valor histórico e arquitetônico do prédio, esperamos com grande ansiedade a visita técnica e a evolução do assunto de caráter imensurável e relevância sem par para a cidade e região, sendo um marco do desenvolvimento industrial da cidade”, finalizou Paulo.

Histórico – O edifício Dom Helder Câmara foi erguido em 1898, com o intuito inicial de funcionar no local um moinho de trigo, atividade que foi exercida por pouco tempo. A última instalação no prédio foi a Indústria e Comércio C. Cotelessa, que comercializava o Sal Rodolpho Valentino até 2003, quando o espaço foi adquirido pela Municipalidade e recuperado. Porém, os efeitos da salinização fizeram com que, em 2009, o prédio, que abrigava parte da Secretaria de Educação, fosse interditado.

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