Pré-candidato, Kiko diz: “Ribeirão Pires busca um prefeito com perfil gestor”

Adler Alfredo Jardim Teixeira, o Kiko, pré-candidato a prefeito de Ribeirão Pires pelo PSB, é um nome que vem agradando a muitos eleitores. Ex-prefeito de Rio Grande da Serra por dois mandatos ele tenta repetir o feito de Lauro Gomes, até hoje o único da história a ser prefeito de duas cidades do Grande ABC.

Ex-prefeito de Rio Grande, Kiko busca assumir Ribeirão Pires

Ex-prefeito de Rio Grande, Kiko busca assumir Ribeirão Pires

Como cartão de visitas, apresenta a elogiada gestão da cidade vizinha. “Apresentamos solução para as principais demandas da cidade. Ao final dos dois mandatos, saí com 87% de aprovação, o que garantiu que uma pessoa de nosso grupo se tornasse prefeito e desse continuidade ao trabalho. Depois de ter sido três vezes vereador, duas vezes presidente da Câmara e esse feito como prefeito, senti que minha missão estava cumprida. Fui candidato a deputado federal e consegui uma votação expressiva em Ribeirão, mesmo contra um adversário que tinha vínculo com o atual prefeito. Isso fez com que várias pessoas pedissem nossa vinda a Ribeirão Pires e o consequente lançamento da pré-candidatura”, conta.

A apresentação de seu nome teve sinalização positiva: “O que ouvimos na cidade é que o apresentado em Rio Grande, uma cidade mais difícil de se administrar, já que tem arrecadação muito pequena, é o que se busca para Ribeirão Pires: um perfil de gestor, uma pessoa que não está apenas falando no campo das ideias, mas que coloca a mão na massa e faz as coisas acontecerem. Isso anima a apresentar nossa pré-candidatura”.

Morador da região central da cidade, ele tem ciência dos problemas e apresenta algumas ideias: “administrar é priorizar. As demandas da cidade são infinitas, mas os recursos são finitos. Ribeirão é uma cidade turística de direito, mas não de fato. Não vemos as pessoas visitando a cidade para aproveitar as atrações e recursos naturais e há um grande potencial. Mas antes disso, temos que resolver os problemas que afligem a população. Fazer as UBS e a UPA funcionar, não faltar remédios, médicos, ter os exames entregues com rapidez. Esse setor é prioritário. Depois tem a educação, que deve ser de qualidade, com boa infraestrutura, professores qualificados e refeição adequada”.

Kiko fez críticas à gestão Saulo: “A cidade também tem que estar bonita, aprazível. Não dá para imaginar uma cidade turística com o mato crescendo no meio da rua, suja, repleta de pichações, incluindo os próprios municipais. O administrador deve ver a segurança também. É um problema da Região Metropolitana, mas a prefeitura deve fazer sua parte, investir na GCM e cobrar o governador e o secretário de segurança”.

Para ele, é necessário planejamento: “Não dá para ver pessoas reclamando na UPA que faltam médicos enquanto está sendo construído um teleférico, uma obra muito cara com custo de manutenção muito alto. São coisas que o governante tem que priorizar para ir de acordo com os anseios da população, fazer o que já existe funcionar. O dinheiro não deve ser aplicado ao bel prazer do prefeito. Depois de fazer a lição de casa, pode-se pensar em inovações. E, infelizmente não é o que vemos em Ribeirão Pires hoje”.

Para ele, a cidade tem potencial para atrair mais empresas, mas precisa de estrutura: “Temos uma cidade inserida em área de mananciais, por isso temos que trazer indústrias e comércios não poluentes. Há uma série de galpões ociosos por N motivos como a cidade abandonada e a estrutura precária. Hoje, o morador de Ribeirão Pires tem dificuldade para colocar internet na sua casa, imagine a dificuldade que um empresário tem para isso. Estamos em uma época em que tudo está ligado ao mundo virtual, e ela é absolutamente necessária”.

Para o pré-candidato, é possível finalizar e gerir as obras paradas como o Hospital Municipal: “Eu tenho aversão a obra começada e não concluída. Tudo é possível de ser concluído. Mas, para isso, é preciso ter gestão e, infelizmente, não é que vemos aqui. A informação que eu tenho é que a obra do hospital esbarra em problemas de natureza jurídica, como prestação de contas. Então é necessário que se veja exatamente o que está acontecendo para se solucionar”.

Com pés no chão, ele se mostra tranquilo com a liderança nas pesquisas: “Temos um longo caminho pela frente. Temos hoje minha pré-candidatura a prefeito, a pré-candidatura do Gabriel Roncon como vice e uma série de pré-candidaturas a vereador em dez partidos que nos apoiam. Vemos todas essas pesquisas com muita humildade, respeito, até porque boa parte delas não tem caráter oficial, mas é óbvio que aparecer na frente é mais agradável que aparecer atrás. Me questionaram se não tinha receio de ser atacado, mas isso é natural. Prefiro estar na frente e ser atacado do que como nossos possíveis adversários que nos atacam e não fazem propostas. Prefiro falar do que penso para a cidade”.

Inelegibilidade – Uma polêmica em torno de seu nome é a respeito de sua elegibilidade. “O que se fala é de uma conta da Câmara Municipal de Rio Grande de 2004, quando, pasmem, fiquei apenas seis meses como presidente. Em 2008, fui candidato a prefeito e o PT era nosso grande adversário fazendo de tudo para barrar a candidatura. Já havia acontecido o julgamento e vencemos a eleição. Ano passado, me candidatei a deputado e nossos adversários, já pensando no futuro, tentaram, em cima disso, fazer de tudo para nos impugnar e, mais uma vez, tiveram sua iniciativa frustrada. Eu não acredito em hipótese alguma nisso, até porque em janeiro de 2016 transcorre o prazo de oito anos do processo, então uma possível impugnação não será possível. A partir do ano que vem, o jogo verdadeiramente começa e, esses boatos, essas calúnias serão respondidas judicialmente. Hoje, não. Estamos levando em banho maria porque falta bastante tempo até a eleição. O que incomoda os adversários é o destaque que estamos tendo com a população de Ribeirão Pires, a verdadeira e legítima julgadora. Falem bem, falem mal, mas falem de mim. Em árvore que não dá fruto, ninguém joga pedra”, concluiu.

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