Policial que agrediu jovem em Rio Grande da Serra está preso

O policial que agrediu com socos um rapaz em Rio Grande da Serra, como mostra vídeo divulgado pela Rede Record na manhã desta quinta-feira (30), está preso administrativamente na Corregedoria da Polícia Militar desde terça-feira (28), quando a polícia teve acesso às imagens. A informação foi confirmada pelo capitão Emerson Massera, porta-voz da PM, em entrevista à emissora que veiculou o fato.

PM agrediu rapaz de 20 anos que teria resistido à abordagem

A vítima das agressões é um servente de 20 anos que foi abordado por atitude suspeita. Segundo a versão dos policiais que participaram da ocorrência, o rapaz resistiu à abordagem, insultando os PMs.

De acordo com Massera, o policial envolvido já foi investigado por agressão, que foi arquivada por falta de provas. O caso mostrado no vídeo está sendo investigado.

A Assessoria de Imprensa da Polícia Militar enviou nota de esclarecimento ao Mais Notícias. Confira o conetúdo.

“A Polícia Militar esclarece que tomou ciência do vídeo postado na Internet no dia 26 junho e, imediatamente, o Comandante do Batalhão responsável pelo policiamento em Rio Grande da Serra instaurou o Inquérito Policial Militar (IPM) nº 30BPMM-014/11/11.

No mesmo dia, os policiais que atenderam a ocorrência foram identificados e o responsável pelas agressões foi preso administrativamente.

Tratava-se de uma ocorrência de averiguação de pessoa em atitude suspeita. A vítima das agressões, um servente de 20 anos, não portava documentos. Ao ser indagado pelos policiais, afirmou que já tinha antecedentes criminais e passou a xingá-los. Sua mãe, ao ver o que estava acontecendo, saiu para levar o documento de identificação e também foi insultada pelo filho, conforme ela mesma admite em depoimento.

O servente, então, tentou agredir um dos policiais e foi contido, com o auxílio da própria mãe, e algemado.

As imagens, contudo, mostram o servente já no interior do compartimento de presos da viatura e um Soldado desferindo-lhe vários golpes. Essa forma de intervenção não encontra respaldo nos procedimentos operacionais padrão da Instituição, motivo pelo qual foi instaurado o IPM e o policial foi preso.

A investigação, agora, analisa os elementos do IPM para decidir se pedirá a prisão preventiva do policial envolvido.

A Polícia Militar é uma Instituição legalista, que pauta suas ações nas técnicas mais modernas de policiamento do mundo, não compactuando, em nenhuma hipótese, com desvios praticados eventualmente por seus integrantes”.

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