Piso tátil instalado incorretamente oferece risco a deficientes visuais na Estação

Deficientes visuais podem bater de frente contra mureta

A estação ferroviária de Ribeirão Pires é uma das mais antigas do estado de São Paulo, tendo como data oficial de fundação o ano de 1885. Prova disso é o fato de ser uma das poucas que estão tombadas pelo patrimônio histórico, o que só valoriza sua importância.

Por outro lado, o fato de ser um prédio antigo faz com que itens hoje vistos como fundamentais, como intervenções de acessibilidade, sejam absolutamente necessários. Há cerca de seis meses, a estação de trens está em obras para modernização e instalação de tais dispositivos. Quem passa pelo local, vê que foram instalados itens como rampas, corrimãos com indicações em braile e o piso tátil, fundamental ao deslocamento seguro de deficientes visuais.

É justamente neste último item que se encontra uma imperdoável falha na obra: o piso tátil instalado no lado onde é feito o embarque sentido São Paulo leva os deficientes visuais a bater contra uma mureta de pedra. Ou seja: o que deveria ser usado para segurança pode ocasionar graves acidentes.

“Mesmo não sendo deficiente visual ou moradora da cidade, não entendo como a pessoa que comandou a obra, provavelmente um engenheiro, não viu um absurdo desses. Chega a ser inacreditável, sem contar que é um investimento a mais em uma obra que terá no mínimo de ser refeita”, conta Rafaela Borges, moradora da Capital que estava de passagem pela cidade na última semana.

A reportagem do Mais Notícias esteve no local por repetidas vezes durante a semana e constatou que a obra está em andamento em outros pontos e não há sinais de que será feita alguma correção onde o piso tátil oferece risco ao usuário.

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), responsável pela intervenção, foi contatada mas não se posicionou oficialmente até o fechamento desta edição. Continuaremos acompanhando o caso.

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