Quem passa pelo novo Terminal Rodoviário percebe claramente a erosão causada na pavimentação de entrada e saída do local. Os buracos e os desníveis se acentuam em períodos de chuva, já que a água amolece o solo que, sob pressão dos veículos pesados, sofre alterações drásticas, prejudicando motoristas de ônibus, passageiros e pedestres que transitam pelo local.
Um empresário que prefere não se identificar, que adquiriu o edital da concorrência para a construção do novo terminal rodoviário, procurou o Mais Notícias para relatar alguns apontamentos. Ao verificar que o piso por onde passam os ônibus está muito danificado, ele revelou que a construção estaria fora das exigências do edital.
Dentre algumas características, o piso é o mais evidente. “No edital constava a obrigatoriedade da colocação de uma manta de concreto armado de 15 cm de espessura, exigência esta que tinha um peso grande no custo da obra. A vencedora da concorrência, a Eplan, não se sabe se por economia de material, revisão contratual ou simplesmente imperícia utilizou bloquetes de cimento de 10 cm que, como se pode perceber, não é o revestimento apropriado para suportar trânsito pesado. O resultado é o desnível e os buracos que tem sido refeitos às custas do erário e não da empresa, sem que o problema seja resolvido”, esclarece o empresário.
Nossa fonte também afirma que o uso inapropriado do piso teria sido feito para economizar na obra, resultando em benefício desleal por parte da construtora Eplan.
Em contato com a Eplan, a diretora de gestão, Maria de Lourdes Zampol dos Reis, a Coquinha, nos informou que a obra foi realizada com recursos estaduais e, por isso, sofreu precisa fiscalização do Governo do Estado. Coquinha informou que tem acesso a todas as informações que comprovam a qualidade da obra, porém não seria possível fazer um levantamento dos dados antes do fechamento desta edição.
Nossa reportagem resolveu conferir o problema in loco. Confira ao lado as fotos das atuais condições do piso.