Perdendo a compostura

Por Gazeta

Chutar o balde, perder as estribeiras ou a compostura são situações em que o indivíduo esquece sua posição, ignora o ambiente e as circunstâncias e comete atos incompatíveis com o decoro exigido tais como socar a mesa, chutar uma cadeira ou proferir palavrões.

“Porra” é palavrão? Depende do contexto. Na Bahia, por exemplo, é dito por muitas pessoas como uma expressão positiva e com diversos significados, diferente de São Paulo, lugar onde tal expressão, quando proferida por jogadores ou artistas, dentro de bares ou em ambiente masculino informal chega até a ser comum e aceitável, mas, e se dita por uma autoridade durante um evento oficial?

Na última sexta-feira, dia 04, nos momentos que antecediam o sorteio do “Super Natal de Prêmios” na sede da Aciarp, pedi a palavra para apontar uma falha que considerei importante no regulamento do concurso:  os vales prêmios cotados em cerca de R$ 20 mil reais tinham seus valores grafados em numeral, diferente dos valores descritos por extenso.  Uma vez que valor por extenso é usado para confirmar o numeral, torna-se claro que valores discrepantes são grande irregularidade que poderiam (e podem) levar a anulação do concurso.

Minha fala foi muito mal recebida com o argumento de que a falha havia sido sanada, porém o citado regulamento permaneceu perto de 60 (sessenta dias) no site da entidade com a irregularidade. Criou-se então uma pequena polêmica visto que pessoa estranha às partes envolvidas resolveu se manifestar. O presidente Gerardo Sauter, usando de sua autoridade, resolveu ignorar nosso alerta e com um sonoro “vamos tocar essa porra”, referindo-se ao concurso, ao que argumentei: “Presidente, olha o vocabulário, veja onde o senhor está e com quem está falando”.  Dito isso retirei-me do recinto.

O amigo leitor pode questionar se é necessário publicar um fato que acabaria por passar despercebido? Ocorre que elementos presentes no local poderiam e podem publicar em algum veículo de imprensa ou nas redes sociais, uma versão mentirosa ou distorcida, as famosas “Fake News”. Então, para desencorajar tais possibilidades, resolvi publicar e esclarecer que todo o diálogo está gravado em áudio.

Não se trata apenas de mero destempero do chefe em defesa de funcionários que cometem seguidas falhas. Uma entidade da importância da Aciarp precisa de colaboradores à altura, que supervisionem as ações dos subalternos, não deixando a “saia justa” para o presidente, um conhecido “pavio curto”.

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