“Pena não ser burro. Não sofria tanto”

Peguei carona num artigo do jornalista e escritor Guilherme Fiuza, publicado na edição 67 da “Forbes” Brasileira, para falar do patrulhamento dos internautas sobre assuntos polêmicos.

A bola da vez foi consagradíssimo Bernardinho, um ícone do vôlei nacional, e outro mito do esporte, a medalhista Olímpica Ana Paula.

O assunto; Tiffany, transexual, jogadora de vôlei e maior destaque atual da Superliga Feminina.  Bernardinho foi flagrado comentando que os atributos físicos da jogadora tem influenciando no desempenho da mesma, visto que sua estrutura corporal, ossatura e capacidade pulmonar e cardíaca a colocam em vantagem sobre as mulheres biológicas.

Aí o fútil, hipócrita e demagogo mundo das redes sociais caiu de pau em cima do Bernardinho fulminando-o com acusações de transfóbico, preconceituoso, fascista e outros adjetivos.

O corajoso herói das quadras brasileiras capitulou, calou a boca e pediu desculpas a turba ignara que não pensa, decreta a condenação sumária sem pensar, pois sem pensamento não há drama de consciência.  Provas para que provas?  Não interessa, o que interessa é o tom cínico de indignação que provoca o estouro da boiada e destrói reputações.

Ana Paula que atreveu-se a tomar a defesa de Bernardinho questionando autorização dada a Tiffany para jogar vôlei feminino, apontando para a falta de fundamento cientifico para a premissa de que a transexual não leva vantagem física sobre as mulheres, sofreu violentos ataques da própria Tiffany.

E como reagiu o novo Brasil regido pelas novas regras de comportamento social?

Não reagiu. Calou-se e dormiu tranquilo, convicto do acerto que a justiça sumária decretava, zombando da inteligência da minoria que ainda ousa pensar e questionar.

Encerro plagiando o filósofo e pensador Raul Seixas: “Pena não ser burro. Não sofria tanto”.

Gazeta

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