Uma mudança recente promovida pelo departamento de trânsito na Rua Jorge Tibiriçá, em frente ao colégio ENAU está causando imensa revolta nos pais de alunos e funcionários da instituição, com o fim das vagas a 45° que estavam instaladas no logradouro há anos, o que reduziu a oferta de estacionamento drasticamente.
A medida foi implantada há cerca de 15 dias, quando foi realizado um serviço de repintura da via. Desde então, uma sucessão de reclamações e queixas foram registradas. Em comunicado à imprensa, a Prefeitura afirma que a medida foi tomada nas ruas “Jorge Tibiriçá, Rubião Junior e Doutor Pirajá que receberam mudanças no estacionamento 45 graus” por serem “próximos a escolas”, em adequação que tem por objetivo “melhorar o acesso de pais e alunos”.
O Secretário de Transporte e Trânsito, José Vicente de Almeida, ainda disse que foi feito contato “com a direção de algumas escolas da região para avaliar a forma mais segura de garantir para os pais e as crianças que utilizam as ruas”. Os pais de alunos questionam: “nós tomamos a iniciativa de fazer um projeto para disciplinar as vagas, mas não fomos ouvidos”, explicou Talita Barreto, mãe de aluna do ENAU. Na disposição sugerida por eles, haveria uma espécie de bolsão de embarque e desembarque, que seria utilizado para os alunos saírem dos veículos com a manutenção da maior parte das vagas em 45°, incluindo as reservadas para o transporte escolar.
Com a mudança, eles se viram obrigados a estacionar nas vias paralelas, o que também gera outros problemas que os pais relataram. Outra mãe, Adriane Borelli, afirmou que “o entorno é inseguro, sem polícia e já ouvimos relatos de pais que foram assaltados ao levarem seus filhos para os carros”, discurso este ratificado por outra mãe, Mafalda Rigo Rezende: “98% estão insatisfeitos com essa mudança”. Dentre os 2% está o transportador Raimundo Silva: “estacionar desta maneira facilitou meu trabalho”, afirmou.
Mais problemas – Além das questões já expostas, a mudança gerou também um atrito entre pais e agentes de trânsito: “fui me informar sobre a mudança e o guarda me tratou muito mal, tendo inclusive debochado da minha cara”, afirmou Talita. Outro grupo de pais, formado por Vanessa Scomparim, Massayoshi Unno, Lívia Freitas Garrido e Amaury de Moraes também elencou outros problemas, como o fato de as crianças terem que fazer longas caminhadas sob chuva e também professores que não conseguem parar seus carros. Todas estas reclamações foram reunidas em um documento que deve ser apresentado à Administração nos próximos dias. Estaremos acompanhando.