O mês de outubro é marcado em todo mundo como o mês da luta contra o câncer de mama que, sozinho, representa cerca de 25% dos casos novos da doença a cada ano. Para estimular a detecção precoce da doença e incentivar a população da importância da realização de exames para detecção da doença, é realizada a campanha Outubro Rosa.
Só este ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 57.960 novos casos de câncer de mama este ano no Brasil. Vale ressaltar que, na maioria dos casos, quando detectado em fases iniciais o câncer de mama tem mais chances de tratamento e cura por isso é ressaltada a importância da mamografia e do autoexame.
O Jornal Mais Notícias conversou com Rozeli Pimenta, que enfrentou a doença e hoje conta o seu relato, iniciando pela maneira como descobriu. “Foi por acaso, nunca desconfiei que poderia estar com câncer de mama e fazia o autoexame apenas quando eu me lembrava. Quando eu me mudei de Ribeirão Pires para Ribeirão Preto, quando descobri, fazia uns dois anos que não fazia a mamografia. Acredito que tenha surgido nessa ocasião”, conta, antes de completar: “fiz um checkup e, após exames de rotina, descobri que tinha a doença”, contou, antes de ressaltar a surpresa: “Eu nunca havia tido nenhum problema de saúde. Em um dia você está bem e no outro dia, já está meio que condenado, com a vida completamente mudada. Para mim foi muito difícil, meu filho estava com quatro anos dependendo de mim para tudo”.
O tratamento começou imediatamente. O nódulo, na mama esquerda, tinha cerca de 1 centímetro e o médico a encaminhou para a cirurgia: “Fiz a pergunta que todo paciente faz: se ia morrer, O médico disse que iria, como todo mundo, mas não de câncer”, lembra.
No caso de Rozeli, a opção foi pela quandrantectomia, acompanhado pela retirada do linfonodo sentinela. “Depois, fiz 8 sessões de quimioterapia a cada 21 dias e também 33 sessões de radioterapia”, conta. Hoje, em fase final de tratamento, relembra a lição que ficou: “é preciso sempre fazer o autoexame e também a mamografia todos os anos. Hoje, posso me considerar uma pessoa curada, apesar de ainda ter que tomar medicação até novembro de 2017”.
Rozeli conclui falando sobre o tratamento e como venceu o Câncer de Mama: “no começo, tive muitas reações, com enjoos, náuseas, dor de cabeça, entre outros sintomas. Precisei ir no pronto-socorro por várias vezes. Eu mesma não sabia que tinha toda essa força dentro de mim. O pior do câncer é a pessoa se entregar. Mas tive apoio da família, pensava no meu filho pequeno, no meu marido e mantive a cabeça erguida. Com fé, foco e força, venci”.