A otoplastia nada mais é do que a cirurgia plástica nas orelhas. Criada para corrigir deformidades congênitas ou provenientes de algum trauma, este procedimento visa principalmente garantir maior conforto para as pessoas que apresentam diferenças significativas nessa região do corpo.
O público que mais procura este tipo de procedimento estético é aquele que sofre com o tamanho das orelhas. As orelhas avantajadas e proeminentes — ou as orelhas de abano, como são popularmente conhecidas —, podem ser reduzidas para um tamanho “normal” e harmonioso para o rosto do paciente.
Existem inúmeras técnicas aplicadas e, de maneira geral, o procedimento é considerado de baixo risco. Todavia, é imprescindível passar por uma bateria de exames no pré-operatório para ter aval médico para ser submetido à cirurgia.
Neste post, falaremos mais sobre a otoplastia, suas indicações, contraindicações e como ela é realizada em alguns dos casos principais.
O que é a Otoplastia?
A otoplastia, como citamos no início deste texto, é a nomenclatura técnica para cirurgia plástica na orelha, não importando o objetivo em especial ou até mesmo as técnicas empregadas no procedimento.
Este procedimento é capaz de reparar as orelhas que passaram por algum trauma ou deformidade congênita — que acontece já durante o nascimento de uma criança.
Tanto a reconstrução quanto a modificação das orelhas são razoavelmente comuns em consultórios de cirurgiões plásticos. Na maioria desses casos há uma busca para a conquista de um rosto mais harmonioso e livre de grandes detalhes estéticos que podem causar desconforto para o paciente.
Além das pessoas que “sofrem” com as orelhas de abano, lutadores que apresentam a conhecida “orelha de couve-flor” também se submetem a cirurgia durante sua aposentadoria ou em um período em que treinam com menos frequência.
Outro exemplo relativamente frequente são os das pessoas que utilizaram alargadores no lóbulo da orelha, ocasionando no rompimento da região que posteriormente deve ser reconstruída para evitar prejuízos para aparência.
Quais são as principais indicações e contraindicações?
Como você já deve ter percebido, todas as pessoas que apresentam algum tipo de deformidade, alteração ou está simplesmente desconfortável com o aspecto estético das suas orelhas pode optar pela otoplastia.
Aqueles que apresentam orelhas de abano, orelha de couve-flor, orelhas alargadas, fissura em uma das orelhas e uma infinidade de outras condições fazem parte do principal grupo para qual a cirurgia foi destinada.
Entretanto, nada impede que qualquer outra pessoa com orelha aparentemente normal opte pela cirurgia para alcançar novos padrões de beleza. Contudo, este normalmente não é o padrão e deverá haver uma análise mais aprofundada do cirurgião para estes casos que buscam modificações menores ou com pouca mudança funcional.
Em relação à idade adequada para o procedimento, normalmente indica-se crianças com pelo menos 6 anos de idade.
Quanto as contraindicações, elas são praticamente as mesmas de qualquer outra cirurgia plástica. Qualquer pessoa que apresente alguma condição clínica crônica não deve se submeter ao procedimento.
As patologias principais destes grupos envolvem aqueles que sofrem com diabetes, hipertensão, doenças autoimunes e problemas cardiovasculares.
Como a otoplastia é realizada?
A cirurgia varia imensamente de caso a caso. Normalmente utiliza-se anestesia geral para iniciar o procedimento e em seguida um conjunto de técnicas adequados para alcançar o resultado que o paciente espera.
Para quem quer fazer a correção das orelhas de abano, normalmente o cirurgião busca reduzir o ângulo das orelhas e criar o que se conhece como “anti-hélix”, estrutura localizada na parte interna da orelha que costuma dar o aspecto “normal” para a maioria dos indivíduos.
As pessoas com orelhas de abano normalmente não apresentam essa estrutura e em contrapartida possuem mais cartilagem na concavidade mais profunda do ouvido externo.
Na maior parte das cirurgias as incisões são realizadas na parte posterior da orelha, mas, em alguns casos, elas podem ser realizadas na parte anterior. As cicatrizes sempre ficam escondidas e no fim, há utilização de pontos externos para fechar essas aberturas feitas pelo cirurgião.
Apenas para citar uma diferença, os indivíduos que apresentam orelha de couve-flor devem remover o líquido acumulado na região e em seguida passar por um processo de reconstrução ligeiramente similar ao que foi descrito acima.
Para quem tem deformidades e precisa fazer reconstruções, o procedimento também é semelhante mas apresenta inúmeras outras técnicas que variam de acordo com o caso, objetivo e análise do cirurgião.
Como é o resultado e período pós-operatório?
O resultado da otoplastia na maioria dos casos é surpreendente e extremamente satisfatório, desde que o cirurgião tenha experiência e consiga aplicar todas as técnicas corretas para o caso específico do paciente.
Em muitas pessoas sequer percebemos ou notamos qualquer diferença marcante, aparentando que ela nunca teve orelha de abano ou qualquer outro tipo de problema nesta área.
Obviamente, o quadro é um pouco diferente para quem tem fissuras ou passou por algum trauma relativamente profundo, podendo ficar algum tipo de marca ou cicatriz ligeiramente imperceptível.
Quanto ao pós-operatório, saiba que ele é ligeiramente descomplicado. O primeiro passo consiste na utilização de uma faixa de cabelo para evitar problemas com a cicatrização e para diminuir os riscos de infecção por algum agente externo.
A ingestão de medicamentos anti-inflamatórios ou analgésicos também podem fazer parte deste período de recuperação, assim como o repouso.
O paciente também é orientado a não comer alimentos rígidos e que exijam grande força para mastigar. Lavar ou molhar o cabelo também é normalmente restrito nos primeiros dias após a cirurgia.
Para quem se exercita regularmente, pergunte ao seu médico sobre o período de afastamento e de retorno para as atividades físicas. Na maioria dos casos o retorno é gradativo.
close up of baby ear
