Quinta-feira passada, dia 01, estacionei meu carro sobre a calçada de um estabelecimento, onde já estavam mais dois veículos sendo atendidos (por falta de espaço dentro da loja, o comerciante atende na calçada com a complacência dos agentes do trânsito). Naquele momento, os “amarelinhos” estavam às voltas com um defeito nos semáforos no local, que diga-se de passagem, demorou mais de 15 horas para ser solucionado.
Assim que estacionei, um agente gritou lá do meio da rua: “Tire esse carro daí”. Retruquei que só tiraria se os outros, na mesma situação, também os tirassem.
Pouco depois, enquanto meu veículo era consertado (sobre a calçada), observei uma cena que ilustra bem a orientação seguida pelos nossos agentes de trânsito. Enquanto um deles tentava consertar o semáforo, outro que segurava a escada deve ter observado alguma infração de um condutor que passava e, para não perder a oportunidade de aplicar uma multa, segurou a escada com o pé e, literalmente, anotou na palma da mão a placa do infeliz.
Já cansei de ver situações onde, por algum motivo, o trânsito fica lento e, enquanto alguns cuidam do trânsito, outros cuidam de aplicar multas.
Como permaneci no local tirando fotos da ação dos agentes, um deles, de nome Antônio, se aproximou e perguntou por que ao invés de fazer matérias que colocam a população contra eles não fazíamos matérias educativas. Respondi que a obrigação de educar o motorista cabe às autoridades, que tem verba e meios para isso, cabendo à imprensa divulgar e apoiar tais ações, essas inexistentes, como o Jornal Mais Notícias faz em seu o caderno Educamais Trânsito.
Minha voz que reclama de injustiças e malfeitos perpetrados, representa os outros 99% dos motoristas que têm seus recursos indeferidos pela tal “Jari”, sem ao menos serem lidos e analisados.
Concluo afirmando ao agente Antônio que as críticas não são contra eles, os agentes, mas contra esta fantástica indústria de multas estabelecida em Ribeirão Pires, dirigida pelo secretário Almeida e apoiada pelo prefeito Volpi.
Gazeta