Obediência a ordem democrática ou ausência de autoridade

Por Gazeta

O regime democrático pleno sob o qual vive o povo brasileiro, sob o guarda-chuva da superprotetora constituição de 1988, tem aberto espaço para o surgimento de grupos das mais diversas orientações políticas, filosóficas, anti-políticas, anti-filosóficas, pró isso, pró aquilo, anti isso, anti aquilo, e por aí vai.

Tempos atrás, ativistas pelo direito dos animais invadiram e destruíram um canil-laboratório especializado em pesquisas cosméticas e farmacológicas libertando animais sob observação causando prejuízo incalculável em tempo e dinheiro.

Outro grupo de famigerados agitadores profissionais chamados “sem-terra”, destruíram um centro de pesquisas de alimentos em Piracicaba na renomada Escola de Agricultura ESALQ, pondo a perder anos de experimentos na área agrícola, puro vandalismo.

Nos últimos meses tivemos, quase todos os dias, manifestações nas principais avenidas de São Paulo e nas marginais, provocadas por grupos sem pauta de reivindicações, tumultuando a cidade sem qualquer motivo. Ontem mesmo, um grupo claramente usado como massa de manobra, trazidos por ônibus fretados, interrompeu o Rodoanel por cerca de uma hora.

Mais um exemplo gritante da atuação dos profissionais da agitação e da desordem, tem sido a ocupação das escolas estaduais desativadas por força da nova orientação da Secretaria da Educação do Estado em dividir as séries em prédios separados. Alguns estudantes e professores têm sido incitados por esses profissionais a invadir e ocupar esses locais e até nossa pacata Ribeirão tem sido vítima desse “modismo” de fechar avenidas e estradas. Semana passada mesmo, o vereador Rubão que já “causou” na UPA tempos atrás, apoiou o fechamento da SP 122, que liga Ribeirão Pires a Rio Grande da Serra.

O direito de protestar e fazer greve é garantido em quase todas as democracias, porém quase tudo também é regulamentado, assim como quase todos obedecem as regulamentações ou sofrem as penas da lei. No Brasil entretanto, passa-se por cima de leis e regulamentos, confunde-se liberdade com libertinagem e a certeza da impunidade contribui cada vez mais para o caos social em que vivemos.

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