Por Gazeta
“Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê.”
Monteiro Lobato
Essa maravilhosa ferramenta da comunicação, considerada democrática por ser acessível a um grande número de cidadãos, muitas vezes tem servido para dar voz à pessoas ou grupos que a usam de forma discriminatória, preconceituosa, predatória, ofensiva e absolutamente sem controle.
Vamos deixar claro que sou inteiramente favorável à participação do cidadão na vida política e, como tal, emitir sua opinião sobre quaisquer assuntos. Ocorre, porém, que certos grupos, hipnotizados pelo imediatismo da ferramenta posta à sua disposição, não medem palavras e são incapazes de um diálogo em um nível minimamente aceitável, partindo para ofensas, fugindo do debate em pauta, numa postura mais próxima ao homem das cavernas do que de um cidadão do século XXI.
Quando na edição passada, nesse mesmo espaço, desafiei a leitora Karen para um debate em alto nível (sem saber que ela era uma espécie de chefete de um grupelho que diz “Pensar Ribeirão”, mas pelo que vi nos textos postados, a sua indignação fica no pensamento, sem nenhuma ação efetiva, sem sequer sugerir uma solução), a mesma fugiu da raia e provocou o estouro da manada contra a Administração Saulo Benevides, remexendo na ferida mais dolorida de qualquer administração: A Saúde.
Já tinha ouvido falar desse grupo, mas nunca dera muita atenção até que me defrontei com eles e descobri por experiência própria o quanto pessoas mal informadas, medíocres e mal intencionadas podem influenciar outras. Durante quatro dias acompanhei os posts e pude comprovar a completa falta de objetividade da maioria dos que se manifestaram e ainda têm a desfaçatez de pôr em xeque a credibilidade de um renomado órgão de imprensa dirigido por profissionais formados e éticos, ética, aliás, que nem passa perto dos participantes desse grupo. Há exceções.
É muito fácil bater no prefeito e nos secretários, é muito fácil sentar na frente de um computador sem saber nada sobre tomógrafos, achar que é só ligar na tomada e tirar fotos do tumor. O tomógrafo é um equipamento de alta complexidade que exige instalações especiais e operadores adequados. Santa ignorância.
A internet deu voz a todos, inclusive aos idiotas e os mesmos ainda não se aperceberam do papel ridículo que estão representando. Saiam um pouco da frente dessa tela, vão ler um livro, uma boa revista, reciclem-se, ainda é tempo de refletir sobre a inutilidade dessas discussões de baixo nível. O Facebook não é o fórum ideal para a discussão de assuntos tão importantes quanto os que vocês estão tentando colocar em pauta, sem nenhum efeito prático.
Antes de encerrar, um recado para Eliane Carmo Meira e para a Anita, que tripudiaram de maneira preconceituosa sobre a idade deste articulista. Acredito que são gente como vocês que estacionam na minha vaga de idoso, sentam no meu lugar no trem e fingem estar dormindo.