Por Gazeta
“Demokratía”, democracia, é uma palavra de origem grega que significa governo do povo.
Na verdade, como sabemos, o povo não governa, mas outorga através do voto poderes a um cidadão para representá-lo na função executiva como prefeito, governador ou presidente, e diversos indivíduos para representá-lo no legislativo, na Câmara Municipal, Assembleia Legislativa Estadual, Câmara e Senado Federal. Agora me pergunto? O povo sabe escolher?
Pelé disse em certa ocasião que “o brasileiro não sabe votar” e foi execrado por isso, mas o que é saber votar?
Estamos assistindo diariamente ao embate entre os dois postulantes ao cargo mais importante do planeta, a presidência dos Estados Unidos, cujo povo é tido como de alto nível de escolaridade, habitantes de um país com democracia consolidada e, obviamente com eleitorado esclarecido que, teoricamente saberia votar (leia-se escolher o melhor candidato). O que se observa, no entanto, segundo as pesquisas, é um empate técnico entre uma candidata preparada, (ex-primeira dama, ex-senadora e ex-secretária de estado), com imensa experiência e bagagem, e um milionário excêntrico que, sem ter ocupado qualquer cargo público, se vencer terá nas mãos a condução da maior economia do planeta e o comando da imensa máquina de guerra americana, cujo arsenal nuclear tem potencial para destruir a humanidade várias vezes.
Todo esse poder será entregue no próximo dia 8 de novembro, dia das eleições americanas, ao candidato escolhido pelo eleitor. Fará ele a escolha certa? Isso me lembra de uma frase do jornalista Rafael Reis: “A voz do povo não é a voz de Deus, é no máximo a voz do povo”,