O povo que “se… Exploda”

Por Gazeta

O incomparável Chico Anísio foi especialista em criar personagens que retratassem com humor a sociedade brasileira. Entre eles um deputado cujo jargão era o povo que “se… Exploda”.

Esse tipo, guardadas as proporções, prolifera em todas as camadas da política brasileira, desde o Senado à mais mixuruca das Câmaras Municipais, e nossa amada Pérola da Serra não seria exceção, pois temos entre nossos intrépidos edis, figuras que muito se assemelham ao folclórico personagem.

Não vamos aqui citar nomes, mas o exemplo bem recente do desinteresse por causas de suma importância para o município é a questão da doação da área da Fábrica de Sal ao SESI.

A turma do “se… Exploda” e seus colegas parecem não entender a urgência da tomada de decisão e vêm “empurrando com a barriga” a aprovação do projeto do Executivo sob alegação de possível prejuízo ao erário e preocupados com os 263 alunos da escola que funciona no local, e que já se sabe, serão transferidos a outro prédio próximo. Esqueceram-se convenientemente, que a atual escola do SESI, que atende mais de 500 crianças ribeirãopirenses está funcionando a título precário sob risco de que a entidade tenha que fechá-la se não tiver outro local para instalação das crianças atendidas.

A escolha da área da Fábrica de Sal para construção de novo e moderno prédio que abrigará os estudantes contemplará também o restauro e manutenção do histórico prédio que vem se desmanchando sob as intempéries e poderá ter o mesmo destino de outros imóveis que ruíram por falta de atenção do poder público, além de que a área, superior a sete mil metros onde se encontra instalada a atual escola, será restituída à municipalidade.

Enquanto o “cavalo passa selado” e pronto para ser montado, a turma do “se… Exploda” cria factoides e joga para a pequena torcida de 20% que é contra o projeto, dizem em alto e bom som para os 80% que estão a favor: o povo? O povo que “se… Exploda”.

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