Muitos pais e pessoas temem as artes marciais e seus praticantes porque acham que são eles os responsáveis pela violência. Uma vez que eles aprendem técnicas consideradas de “ataque” e defesa, ou até “fatais”, a mídia acredita que os artistas marciais são violentos e, sem exagero, perigosos.
Então para que servem o uso das artes marciais? Pessoas poderiam perguntar, na verdade: servem, antes de tudo, para modificar em tudo na vida de uma criança ou uma pessoa. Até em atividades que não tenham nada a ver com esporte ou movimento, a pessoa apresenta um rendimento e uma criatividade maior. Contribuem também na formação do caráter e na personalidade da criança ensinando os treinamentos juntamente com as atividades escolares.
Além de melhorar a vida de uma pessoa, as artes marciais ajudam as pessoas a encarar a violência como um mal que pode ser combatido e não como uma arma a ser usada. Para que brigar? Para que agressão, machucar alguém? O que ganhamos com isso?
O problema da violência crescente nos dias de hoje está enraizado na organização familiar e social, bem como nos problemas sociais em que vivemos.
O que vemos na maioria dos casos é uma explosão de violência juvenil que assusta ainda mais nossas comunidades. Todos os dias assistimos nos noticiários que atos de violência foram cometidos na maioria dos casos por menores infratores.
O problema se agrava ainda mais pelo fato de a legislação que cuida dos direitos e deveres dos menores em nosso país (Estatuto da Criança e do Adolescente) servir de escudo para esses menores praticarem qualquer tipo de ato ilícito.
Essa mesma legislação que protege o menor digno e bom cidadão, protege também o menor infrator e em muitos casos assassino também.
Nós, praticantes de artes marciais há muitos anos, somos mais importantes ainda nesse processo de contenção da violência, utilizando nossos conhecimentos marciais e filosóficos para formar cidadãos de bem, dignos e corretos. Na prática das artes marciais prezamos antes de qualquer coisa a disciplina entre os atletas e incentivamos constantemente o exercício do respeito pelo próximo e a busca do autocontrole. Também desenvolvemos o gosto pela competição por entendermos que dentro dos limites de nossa arte marcial a competição imita em muito a competição da vida. E dessa forma o atleta acaba ficando mais preparado para enfrentar as diversas situações que a vida lhe proporcionará.
Se você quer praticar artes marciais, escolha uma academia e um professor que sigam uma doutrina séria e disciplinada, com ênfase na prática filosófica do treinamento juntamente com a parte esportiva. Procure sempre indicações de amigo sobre professores e academias devidamente registradas nas federações e confederações oficiais.
Mestre Betho
Instrutor internacional faixa preta 6º Dan
Ex-presidente da Federação Paulista de Taekwondo;
Presidente de honra da Liga Paulista de Hapkido;
O primeiro professor de defesa pessoal do ITA, Escola Superior de Aeronáutica;
Ex-preparador da seleção brasileira de Taekwondo;
Técnico da equipe SEJEL de Taekwondo.