Por Gazeta
Segundo a maioria dos cidadãos, as leis foram feitas para serem obedecidas e todos seriam iguais perante ela, sejam ricos, pobres, letrados, incultos, homens ou mulheres, lembrando que no Brasil chegamos a criar leis especificas para maior proteção a crianças e idosos. Nesta categoria, estão os que dão sustentação a sociedade, pagando impostos (as vezes extorsivos), para manter o País, o Estado e as Cidades funcionando.
Mas, para uma minoria, as leis foram feitas para serem burladas ou grosseiramente transgredidas.
Quando se fala em foras da lei, não é segredo: a imagem que vem à mente é a de bandidos armados assaltando, roubando e matando. Porém, há outra categoria de bandidos que sem usar sequer um canivete provoca prejuízos incalculáveis a empresas, pessoas físicas e a nação: é o chamado criminoso de colarinho branco. Entre eles podemos citar vigaristas que aplicam golpes dos mais variados, cuja criatividade surpreende até ao mais astuto e experiente policial, desde os “hackers”, criminosos cibernéticos difíceis de serem flagrados, e a grande praga que se abate sobre nosso país: o criminoso político com ou sem mandato, verdadeiras quadrilhas que agem dentro do executivo, legislativo, empresas públicas e autarquias de todos os níveis, solapando o erário e levantando a morte milhares de brasileiros por problemas diversos como falta de assistência médica, estradas mal conservadas e polícias mal equipadas.
O surgimento no país de uma nova casta de juízes, promotores e policiais tem desbaratado essas quadrilhas encasteladas nos mais altos escalões da república, os mais importantes empresários e seus testas de ferro. “Dura lex sed lex”, a lei é dura mas é a lei, e ela vem se fazendo presente, condenando e enviando para trás das grades os que se julgavam (e se julgam) acima dela.
Lembro que, nos anos 70 do século passado, Richard Nixon, então presidente dos Estados Unidos, foi afastado do poder da maior democracia da terra e, não fosse um perdão do presidente Gerald Ford, teria cumprido pena na prisão. Será que nossa incipiente democracia terá forças para dar um passo adiante e prender Lula e Dilma? Mais além, será que terá forças para também punir as altas castas envolvidas no escândalo das offshores Made in Panamá? Aguardo ansiosamente. Desta vez, com esperança.
