Aqueles que se habituam à luz dos holofotes por qualquer que seja o motivo, costumam cair em profunda depressão quando as luzes se apagam e sucumbem ao peso do ostracismo.
Políticos que não saem da mídia vivem cercados de aduladores e refestelam-se com as benesses do poder, com bons carros, serviçais, lautos almoços e jantares, viagens, presentes, elogios e afagos são os que mais sentem a frieza e a solidão dos perdedores quando, por qualquer motivo, são afastados de seus cargos.
O receio de voltar a ser um cidadão comum ter que readaptar-se ao anonimato como qualquer mortal talvez justifique o “chororô” da esmagadora maioria dos governantes, em especial os ditadores, mas a lista é longa e vai desde um simples vereador de cidade pequena a deputados, senadores, governadores e presidentes, que relutam em deixar o poder seja diante do tempo, do resultado das urnas ou do resultado das armas.
Esta eleição irá atirar ao limbo** mais uma leva de figuras de destaque. Por isso, haja psicólogos para dar conta da demanda dos “ex” que caíram no ostracismo.
Gazeta
* Banimento, afastamento das funções públicas, repulsa, exclusão imposta a alguém.
** Olvido, esquecimento