O pão nosso de cada dia mais saudável

Um dos principais alimentos de nossas manhãs, o pão francês, deve ter menos sal em sua receita. Essa é a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que lançou um guia com orientações para as padarias e outras empresas de alimentação fabricarem o tradicional pãozinho com menor teor de sal. O objetivo é controlar os nutrientes usados na alimentação brasileira e combater doenças crônicas como pressão alta e problemas cardiovasculares. A adoção ao guia é voluntária.

Meta é reduzir a quantidade de sódio no pão francês em 10%, até 2014

A atenção ao pão francês é baseada em dados estatísticos. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada nos anos de 2008 e 2009, a média de consumo diário per capita de pão de sal é de 53g/dia, ou seja, valores próximos a 50g/dia, que é o correspondente a uma unidade de pão francês. Até aí, tudo bem. O problema é a quantidade de sal utilizada em seu preparo. Segundo a Anvisa, o pão francês é uma das principais rotas para a entrada do sódio na população brasileira.
Orientações do guia – A meta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária é reduzir, progressivamente, a quantidade de sódio adicionada ao pão francês, até chegar ao total de 10% em 2014. Assim, uma unidade de pão francês (50g) que, em 2011, tem em média 320 mg de sódio, terá 304 mg em 2012 e 289 mg em 2014.
“Isso significa que em 2011 uma receita que utiliza 50 kg de farinha de trigo e que, tradicionalmente, é adicionada de 1.000 g de sal (2% da base de farinha de trigo) terá a quantidade desse produto diminuída para 950 g (1,9% da base de farinha de trigo) até o fim de 2012 e para 900 g (1,8% da base de farinha de trigo) até o fim de 2014”, diz o guia de boas práticas.
Outra recomendação é pesar a quantidade de ingredientes da receita em uma balança. Não é aconselhável usar xícaras, copos e colheres como medidores, porque eles não garantem precisão.
“Se realizada de forma incorreta, (a pesagem) pode comprometer a qualidade do produto final e, até mesmo, acarretar danos à saúde do consumidor. Por exemplo, se a adição de sal for maior do que a recomendada, o produto final terá maior quantidade de sódio e, consequentemente, poderá influenciar na pressão arterial e aumentar o risco de doenças cardiovasculares”, afirma o texto do guia.
Os fabricantes de outros alimentos já se comprometeram a reduzir o sódio no preparo dos produtos. Nas misturas para bolos, a redução vai ser de 8,5% ao ano até 2014. Os biscoitos recheados vão perder 19,5% de sódio ao ano e a maionese, 9,5% ao ano também até 2014. Já a batata-frita e a batata palha vão ter a redução de 5% ao ano até 2016.

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