Em breve, a Fábrica de Sal deve deixar o estado de abandono para dar lugar a um Shopping Center. Segundo o prefeito Saulo Benevides, o projeto para o estabelecimento da Parceria Público Privada será enviado em fevereiro para a Câmara Municipal, que irá apreciá-lo: “a Prefeitura vai entrar com a área e a empresa fará o investimento. Quero desenvolver a parte de cima e também distribuir melhor o trânsito na cidade”, afirmou.
No local, que é alvo de interesse por diversos grupos, deve ser construído um empreendimento de aproximadamente 22 mil metros quadrados com cinco salas de cinema, praça de alimentação com 30 opções gastronômicas e cerca de 100 lojas, tendo como âncoras (lojas principais) nomes como Lojas Americanas, C&A, Marisa, além de uma rede de supermercados, que atenderiam, de acordo com estudo de mercado realizado pela More Retail Associates em outubro de 2015, principalmente a munícipes de Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e parte de Mauá, na região de Guapituba e Vila Vitória.
Na questão de mercado, estima-se que há demanda mensal na ordem de R$ 112 milhões nesta área de influência, valor esse dividido entre o Shopping e o comércio já instalado que, por sua vez, tem a maior presença de supermercados, seguido por restaurantes e depósitos de materiais de construção (62% da oferta). Desta feita, o empreendimento traria novas opções para a cidade que, ainda de acordo com o estudo, tem hoje, um mercado com mais demanda do que oferta – algo que se comprova com o fato de os munícipes se deslocarem a Mauá e Santo André para fazer compras. Isso também indica que, em tese, não haveria uma espécie de fechamento em massa de comércios na cidade, já que haveria mercado para todos – o shopping agregaria cerca de 18% de participação no mercado local.
“Temos um projeto bacana para a parte de cima, que hoje é isolada. A ideia é construir o viaduto, o Shopping, que está bem avançado. Quero que na parte de cima tenha mercado, restaurante e bancos, entre outros serviços”, explica o prefeito.
Ele ainda ressalta que a cidade não perderá os serviços municipais existentes no local: “Quem vencer a licitação terá que bancar a construção de uma nova escola, na José Mortari, que irá saltar das atuais 360 para 500 vagas. Já a biblioteca terá um espaço no Shopping”, explica Saulo, antes de completar: “a construção será iniciada apenas quando a nova escola estiver pronta e funcionando”. Será ainda feita uma intervenção no viário, com a construção de uma nova faixa de circulação de veículos “para facilitar o fluxo”, explica o prefeito. Para essa nova faixa, deve ser desapropriada uma parte que deve compreender a antiga Siporex.
A previsão é de que as obras tenham início em meados de 2016, quando o processo regulatório e licitatório deve estar concluído.